O ataque ocorreu por volta das 05:00 num controlo policial na estrada de Nwofe, nos arredores da cidade de Abakaliki, disse Joshua Ukandu, porta-voz da polícia.
Segundo o Joshua Ukandu, "as forças de segurança envolveram-se num violento duelo de armas com os bandidos" e "quatro dos agentes pagaram com a vida, enquanto dois civis foram apanhados no fogo cruzado e mortos".
Os assaltantes, que ainda estão em fuga, são suspeitos de serem membros do Movimento Popular Indígena do Biafra (IPOB), que defende a criação de um Estado separado para a etnia Igbo, juntamente com o seu braço armado, a Rede de Segurança Oriental.
Os ataques no sudeste do país são frequentemente atribuídos ao IPOB, que nega sistematicamente o seu envolvimento na violência.
O separatismo é uma questão sensível na Nigéria, onde a declaração de independência da República do Biafra por oficiais do exército Igbo, em 1967, desencadeou uma guerra civil de três anos na qual morreram mais de um milhão de pessoas, a maior parte de fome.
O Exército nigeriano anunciou hoje ter destruído várias instalações do IPOB e do seu braço armado, numa série de operações que resultaram na destruição do que é considerado o último grande reduto da organização.
As operações, que deixaram "um grande número de mortos" entre as fileiras separatistas, decorreram de 11 de fevereiro a 7 de março em várias comunidades dos estados de Imo e Ananbra, segundo o porta-voz militar, general Hassan Taiwo-Dada.
Na sua página na rede social Facebook, o Exército afirma que pelo menos 50 tendas foram destruídas em ambas as regiões e que os combates intensos resultaram na "neutralização de muitos terroristas", utilizando um termo que descreve os mortos ou incapacitados.
"As tropas conjuntas também destruíram cerca de 50 tendas que albergavam o Quartel-General Supremo, o centro de comando e controlo" do IPOB e Rede de Segurança Oriental, acrescenta a nota.
A violência armada no sudeste do país, assolado por distúrbios separatistas herdados da guerra do Biafra, é um dos desafios de segurança que o Presidente nigeriano, Bola Ahmed Tinubu, enfrenta, enquanto as forças armadas lutam contra grupos de bandidos armados nos estados do noroeste e do centro e contra uma insurreição jihadista com 14 anos no nordeste.
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