De acordo com o mais recente boletim sobre a progressão da doença, elaborado pela Direção Nacional de Saúde Pública e com dados até 08 de março, estava contabilizado no país um acumulado de 13.397 casos de cólera desde 01 de outubro.
No boletim anterior, com dados até 05 de março, o acumulado era de 13.217 casos de cólera, que provocaram até então 28 mortos.
No período de 29 a 31 de janeiro foi contabilizada a 26.º vítima mortal do atual surto, neste caso na província de Tete. Somou-se em meados de fevereiro outra vítima mortal, em Sofala, a 27.ª morte e a primeira registada pelas autoridades em fevereiro, e já final do mês nova vítima mortal naquela província.
Já no período de 05 a 08 de março registaram-se mais dois mortos por cólera, ambos na província de Tete, elevando para 30 o total de vítimas desde 01 de outubro passado.
A taxa de letalidade da doença em Moçambique mantém-se atualmente em 0,2%, e em três dias o total de internados caiu de 89 para 70, segundo os mesmos dados.
A província mais afetada pela atual vaga deste surto de cólera é Nampula (norte), com um acumulado de 4.296 casos e 12 óbitos, seguida de Tete (noroeste), com 2.535 casos e nove óbitos, onde a prevalência da doença subiu para 0,4% nos últimos dias.
Em declarações anteriores à Lusa, o chefe do Programa Alargado de Vacinação do Ministério da Saúde, Leonildo Nhampossa, avançou que foram vacinadas contra a cólera, em quatro províncias, entre 08 e 12 de janeiro, 2.268.548 pessoas, com mais de 1 ano de idade.
O grupo-alvo desta operação de vacinação era de 2.271.136 pessoas, correspondente à população que vive nas áreas mais vulneráveis e de foco para o atual surto, referiu anteriormente o Ministério da Saúde.
De acordo com a informação da Direção Nacional de Saúde Pública, a campanha destinou-se à população com idade igual ou superior a 1 ano e foi realizada nos distritos de Chiúre e Montepuez (província de Cabo Delgado), Gilé, Gurué e Mocuba (Zambézia), Mágoe, Moatize e Zumbo (Tete) e Maringue (Sofala).
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