Nigéria tem escolas vulneráveis a ataques em 14 estados e na capital

As autoridades nigerianas afirmaram hoje que as escolas de pelo menos 14 estados, além da capital, Abuja, estão vulneráveis a ataques, após os últimos raptos por grupos armados em escolas do país africano.

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Lusa
11/03/2024 15:21 ‧ 11/03/2024 por Lusa

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Nigéria

Hajia Halima Iliya, coordenadora do programa estatal Funding Safe Schools na Nigéria, disse que estas atividades estão em curso em várias partes da Nigéria, embora tenha reconhecido que o programa de fortificação das escolas foi suspenso.

"Foram recolhidos dados sobre as escolas em risco em 14 estados, incluindo a capital, para intervenção", disse, sublinhando que a agência tinha contactado as autoridades desses Estados para que afetassem fundos ao projeto.

O comandante do Ponto Focal Nacional para as Escolas Seguras, Hammed Abodunrin, detalhou que os estados afetados incluem Adamawa, Bauchi, Benue, Borno, Katsina, Kebbi, Plateau, Sokoto, Yobe e Zamfara, para além do território da capital federal e três estados não especificados.

O próprio Abodunrin sublinhou que os últimos ataques são "infelizes" e argumentou que "os atacantes estão à procura de alvos fáceis". "Vão para locais onde pensam que podem atuar rapidamente antes da chegada de ajuda", afirmou.

"Também atacam quando as redes de comunicação são más. Os casos em Ekiti e Kaduna são exemplos de como os membros da comunidade não foram capazes de pedir ajuda rapidamente", explicou, de acordo com o diário nigeriano "Punch".

Cerca de 465 estudantes, professores e mulheres foram raptados na semana passada, incluindo mais de 280 de uma escola em Kaduna e 15 de uma escola islâmica em Sokoto.

Além disso, pelo menos 200 pessoas foram raptadas na semana passada num ataque de supostos membros do Boko Haram a um grupo de pessoas deslocadas em Borno (nordeste), um número que foi elevado para mais de 400 pela Amnistia Internacional (AI).

O nordeste da Nigéria é o epicentro das atividades do Boko Haram e da sua ramificação, o Estado Islâmico na África Ocidental (ISWA). Nos últimos meses, a insegurança alastrou a outras zonas do norte e do noroeste, alertando para uma eventual expansão destas redes terroristas e criminosas.

Neste contexto, as forças nigerianas libertaram um total de 4.488 reféns raptados por "bandidos" e outros grupos terroristas durante as suas operações em 2023, que também resultaram na morte de 6.880 elementos criminosos e na detenção de outros 6.790, de acordo com dados oficiais.

Leia Também: Seis mortos, quatro deles polícias, em confonto no sudeste da Nigéria

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