As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) anunciaram, esta terça-feira, que o cidadão norte-americano Itay Chen - que tinha também nacionalidade israelita - morreu durante o ataque do movimento islamita palestiniano Hamas em território israelita, a 7 de outubro do ano passado.
Segundo a CNN Internacional, que cita as IDF, os restos mortais de Chen, de 19 anos, foram depois levados para a Faixa de Gaza.
Num comunicado, o Fórum das Famílias, uma associação de famílias reféns, especificou que o soldado havia sido enviado "para a fronteira entre Gaza" e Israel e foi "feito refém" em 07 de outubro.
"O corpo de Itay ainda permanece retido pelo Hamas" na Faixa de Gaza, acrescentou a associação.
O norte-americano fazia parte da lista de pessoas sequestradas no sul de Israel durante o ataque do Hamas em 7 de outubro, que resultou na morte de pelo menos 1.200 pessoas, a maioria de civis, de acordo com dados das autoridades israelitas.
Esta confirmação eleva para 32 o número de reféns mortos, segundo as autoridades israelitas, restando ainda 130 retidos na Faixa de Gaza.
Reagindo à notícia, o presidente norte-americano, Joe Biden, disse ter ficado "devastado" com a notícia e com o coração "pesado".
"Ninguém devia ter de passar por aquilo por que eles [a família de Chen] passaram, nem sequer durante um único dia", disse. Biden recebeu uma menorá [candelabro de sete braços] dos pais de Chen, "um lembrete solene de que a luz irá sempre afastar a escuridão e o mal não vencerá".
"O pai e o irmão de Itay estiveram comigo em dezembro na Casa Branca para compartilhar a agonia e a incerteza que enfrentavam enquanto oravam pelo retorno do seu ente querido", referiu Biden.
"Hoje juntamo-nos aos pais, irmãos e familiares de Itay no luto por esta trágica perda. Manteremos este lembrete perto dos nossos corações", disse ainda o presidente dos EUA, reiterando o seu "compromisso" com "todas as famílias dos reféns".
"Estamos com eles. Nunca deixaremos de trabalhar para trazer os seus entes queridos de volta para casa", sublinhou.
No total, cerca de 250 israelitas e estrangeiros foram raptados e levados para a Faixa de Gaza em 07 de outubro. No final de novembro, uma trégua de uma semana entre Israel e o Hamas permitiu a libertação de 105 pessoas em troca de 240 prisioneiros palestinianos.
Segundo os 'media' israelitas, Israel exige, como parte das discussões atuais em torno de uma nova trégua, que o Hamas forneça uma lista precisa dos reféns ainda vivos, mas o movimento palestiniano disse não saber quem estava "vivo ou morto".
Em retaliação ao ataque de 07 de outubro, Israel lançou uma ofensiva militar que até agora matou 31.184 pessoas na Faixa de Gaza, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.
[Notícia atualizada às 15h31]
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