O governo da Hungria pressionou o embaixador dos Estados Unidos em Budapeste, na sequência dos comentários do presidente norte-americano Joe Biden sobre o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, que acusou de estar a "procurar uma ditadura".
"Pedimos ao embaixador que nos mostrasse a citação, com localização e hora. Este é um insulto muito sério", disse o ministro húngaro dos Negócios Estrangeiros, Péter Szijjártó, citado pelo jornal The Guardian.
Szijjártó argumentou que as palavras de Biden são "mentiras", que Budapeste "não tem de aturar".
O presidente dos Estados Unidos e candidato democrata às eleições de novembro deste ano referiu-se, durante um comício em Filadélfia, a uma reunião que o antigo presidente norte-americano - e candidato republicano - Donald Trump teve com Orbán, na Florida.
"Sabem com quem se está a encontrar hoje em Mar-a-Lago? Orbán, da Hungria, que já disse que não acredita que a democracia funciona. Está a procurar uma ditadura", disse Biden.
Um porta-voz da embaixada dos EUA em Budapeste disse: "Podemos confirmar que o embaixador Pressman foi chamado para uma reunião urgente no ministério dos Negócios Estrangeiros com respeito a declarações feitas pelo presidente dos Estados Unidos sobre a Hungria. O embaixador Pressman sempre recebe a oportunidade de discutir o estado da democracia da Hungria com o nosso aliado".
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