Um médico, que regressava a Londres depois de umas férias em Omã, na Jordânia, acabou por ter um voo inesperado, ajudando uma mulher a dar à luz, a cerca de 10 mil metros de altura, no sábado.
Os alarmes soaram quando Hassan Khan, de 28 anos, ouviu a tripulação procurar por um médico entre os passageiros daquele voo da companhia Wizz Air.
O médico, que trabalha no Basildon Hospital, em Essex, apresentou-se e encontrou uma jordaniana, de 38 anos, grávida de sete meses, que se encontrava deitada no chão, no exterior do 'cockpit', já em trabalho de parto.
A mulher não falava inglês e, por isso, outra pessoa no voo teve de ajudar com a tradução.
À BBC, o médico contou como a sua experiência em reanimação neonatal foi importante naquele momento, uma vez que o bebé estava "um pouco azul" quando nasceu. No parto usou apenas toalhas.
"Disse às assistentes de bordo o equipamento de que necessitava - que incluía uma máscara de oxigénio de tamanho neonatal, uma pinça para o cordão umbilical e um estetoscópio - nada disso existia no avião, como é óbvio", disse Hassan Khan.
"Ela estava bastante stressada com toda a situação mas, através do tradutor, consegui tranquilizá-la dizendo que tenho alguma experiência com recém-nascidos", lembrou.
No final de contas, veio ao mundo uma menina saudável. O médico revelou ainda que as assistentes de bordo disseram-lhe que a bebé era apenas a 75ª criança a nascer num voo comercial.
Devido à chegada da pequena Sama, como foi chamada, o avião teve de interromper a rota até Londres e aterrar no sul de Itália, para que mãe e filha fossem atendidas num hospital.
"Na verdade, atrasei-me para o meu turno devido a este desvio, mas felizmente ficaram muito impressionados e quiseram saber tudo o que se passava", disse Khan, que é médico há quatro anos.
"O meu consultor deu-me os parabéns e disse que tinha sido um trabalho muito bom. As pessoas diziam que era um milagre. Só me apercebi da importância do trabalho depois de ter tido a oportunidade de o processar", completou.
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