Aliado próximo de Navalny "atacado" com "gás e martelo" na Lituânia

Leonid Volkov, um conhecido aliado do opositor russo, foi hospitalizado.

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© Oleg Nikishin/Getty Images

Márcia Guímaro Rodrigues
12/03/2024 23:31 ‧ 12/03/2024 por Márcia Guímaro Rodrigues

Mundo

Rússia

Leonid Volkov, um aliado próximo de Alexei Navalny, foi "atacado" no exterior da sua casa, na Lituânia, com "gás lacrimogéneo" e um "martelo".  A informação foi avançada pela porta-voz do opositor russo, Kira Yarmysh.

"Leonid Volkov acaba de ser atacado no exterior da sua casa. Alguém partiu o vidro de um carro e atirou-lhe gás lacrimogéneo para os olhos, depois o agressor começou a bater-lhe com um martelo", revelou a responsável, na rede social X.

"Leonid está agora em casa, a polícia e a ambulância estão a caminho", acrescentou.

Posteriormente, Ivan Zhdanov, da Fundação Anticorrupção de Navalny, informou que o político da oposição russa, que encontra refugiado na Lituânia, tinha sido "hospitalizado" após ter sido agredido "nas pernas e nos braços" com um martelo.

Nas redes sociais, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Lituânia, Gabrielius Landsbergis, afirmou que "as notícias sobre a agressão a Leonid são chocantes". "As autoridades competentes estão a trabalhar. Os autores terão de responder pelo seu crime", asseverou. 

Já a polícia lituana confirmou, citada pelo meio de comunicação Delfi, que um "cidadão russo" foi agredido no exterior da sua casa em Vilnius, pelas 22h00 locais (20h00 em Lisboa).

Leoniv Volkov foi presidente da Fundação Anticorrupção de Alexei Navalny, mas demitiu-se do cargo no ano passado. 

O ataque a Leonid Volkov aconteceu cerca de um mês após a morte de Navalny. O opositor russo morreu a 16 de fevereiro depois de se ter "sentido mal depois de uma caminhada", de acordo com os serviços prisionais da região ártica de Yamal-Nenets, onde se situa a colónia penal onde Navalny cumpria uma pena de 19 anos de prisão.

Os seus apoiantes, a viúva Yulia Navalnaya e muitos líderes ocidentais acusam o presidente russo, Vladimir Putin, de ser o responsável pela sua morte. A presidência russa negou estas acusações.

Leia Também: Mais flores que pessoas marcam os dias junto ao túmulo de Navalny

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