Leonid Volkov, um aliado próximo de Alexei Navalny, foi "atacado" no exterior da sua casa, na Lituânia, com "gás lacrimogéneo" e um "martelo". A informação foi avançada pela porta-voz do opositor russo, Kira Yarmysh.
"Leonid Volkov acaba de ser atacado no exterior da sua casa. Alguém partiu o vidro de um carro e atirou-lhe gás lacrimogéneo para os olhos, depois o agressor começou a bater-lhe com um martelo", revelou a responsável, na rede social X.
"Leonid está agora em casa, a polícia e a ambulância estão a caminho", acrescentou.
Leonid Volkov @leonidvolkov has just been attacked outside his house. Someone broke a car window and sprayed tear gas in his eyes, after which the attacker started hitting Leonid with a hammer. Leonid is now at home, police and ambulance are on their way to him
— Кира Ярмыш (@Kira_Yarmysh) March 12, 2024
Posteriormente, Ivan Zhdanov, da Fundação Anticorrupção de Navalny, informou que o político da oposição russa, que encontra refugiado na Lituânia, tinha sido "hospitalizado" após ter sido agredido "nas pernas e nos braços" com um martelo.
Сейчас Леонид Волков в больнице
— Команда Навального (@teamnavalny) March 12, 2024
Фото от Ивана Жданова (https://t.co/qaoYuCGYlg) pic.twitter.com/4d0llz0ozK
Nas redes sociais, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Lituânia, Gabrielius Landsbergis, afirmou que "as notícias sobre a agressão a Leonid são chocantes". "As autoridades competentes estão a trabalhar. Os autores terão de responder pelo seu crime", asseverou.
News about Leonid’s assault are shocking. Relevant authorities are at work. Perpetrators will have to answer for their crime.
— Gabrielius Landsbergis🇱🇹 (@GLandsbergis) March 12, 2024
Já a polícia lituana confirmou, citada pelo meio de comunicação Delfi, que um "cidadão russo" foi agredido no exterior da sua casa em Vilnius, pelas 22h00 locais (20h00 em Lisboa).
Leoniv Volkov foi presidente da Fundação Anticorrupção de Alexei Navalny, mas demitiu-se do cargo no ano passado.
O ataque a Leonid Volkov aconteceu cerca de um mês após a morte de Navalny. O opositor russo morreu a 16 de fevereiro depois de se ter "sentido mal depois de uma caminhada", de acordo com os serviços prisionais da região ártica de Yamal-Nenets, onde se situa a colónia penal onde Navalny cumpria uma pena de 19 anos de prisão.
Os seus apoiantes, a viúva Yulia Navalnaya e muitos líderes ocidentais acusam o presidente russo, Vladimir Putin, de ser o responsável pela sua morte. A presidência russa negou estas acusações.
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