Vladimir Saldo disse que as tropas ucranianas foram apanhadas de surpresa depois de os militares russos terem atravessado o rio Dnieper durante a noite.
"Um comando de assalto (...) levou a cabo uma operação ousada na margem direita do rio, ontem [segunda-feira] à noite", disse Saldo nas redes sociais, citado pela agência espanhola Europa Press.
Saldo referiu que participaram na operação fuzileiros navais, forças militares de desembarque e voluntários.
Disse que além dos mortos, as forças russas destruíram um posto de operações de 'drones', equipamento de guerra eletrónica, e postos de observação e de comunicações.
Saldo estabeleceu um paralelo entre a operação e o desembarque de soldados soviéticos em 1944, que tomaram a primeira fortificação na margem oriental do Dnieper como um passo fundamental para romper as defesas alemãs.
"Os nossos bravos combatentes recordaram aos invasores que a vitória será nossa, tal como aconteceu há 80 anos. Foi dado o primeiro passo para a nova libertação da nossa cidade e esta missão será certamente concluída", acrescentou.
O comando ucraniano no Sul do país disse hoje que as forças russas efetuaram três ataques na zona do Dnieper no último dia, para desalojar as tropas de Kiev das suas posições.
"Tendo sofrido perdas, o inimigo regressou às suas posições originais", acrescentou, citado pela agência ucraniana Ukrinform.
As informações divulgadas pelas duas partes sobre o curso da guerra não podem ser verificadas de imediato de forma independente.
Apesar de não controlar Kherson, Moscovo declarou a região como anexada à Federação Russa em setembro de 2022, sete meses depois de ter invadido a Ucrânia.
Na mesma altura, anexou Donetsk, Lugansk e Zaporijia, depois de ter feito o mesmo à Península da Crimeia, em 2014.
A Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania russa nas cinco regiões.
Kiev exige a retirada das tropas russas de todo o território da Ucrânia, incluindo a Crimeia, como pré-condição para eventuais negociações de paz com Moscovo.
Leia Também: Moscovo reclama neutralização de ataque ucraniano em Kherson