O político austríaco de extrema-direita Martin Sellner foi impedido de discursar num evento no cantão de Aargau, na Suíça, no passado sábado. Em causa, segundo a polícia local, esteve o facto de os organizadores não terem acedido a um pedido para cancelar o evento.
"A polícia do cantão de Aargau, na Suíça, invadiu um discurso, desligou a eletricidade, algemou-me e fez-me sair", escreveu Sellner, na rede social X. "Não estou autorizado a entrar em Aargau durante dois meses".
Em comunicado, citado pela agência de notícias Reuters, a polícia do cantão explicou que "para garantir a segurança pública e evitar confrontos com pessoas do lado oposto, o orador do evento foi detido e ordenado a deixar o território cantonal".
Sellner foi cofundador, em 2018, do Movimento Identitário da Áustria (IBÖ). Segundo a Reuters, no evento o austríaco iria discursar sobre a "remigração", ou seja, o afastamento de milhões de "elementos estrangeiros".
Mein Pushback- die ganze Wahrheit
— Martin Sellner 🪥 (@Martin_Sellner) March 17, 2024
🟥 Ich fasse zusammen was gestern passiert ist, wie Elon Musk reagiert hat und was wir jetzt tun werden.
Dank an alle die uns moralisch und materiell unterstützen. Dank euch trotzen wir den globalen Eliten!
🇨🇭Folgt der @AktiveJugendCH… pic.twitter.com/2iLLly3Aj2
Em janeiro, o grupo de investigação Correctiv, denunciou a realização de uma reunião de extremistas em Potsdam, perto de Berlim, uma reunião de extremistas, na qual foi discutido um projeto de expulsão em massa de pessoas estrangeiras ou de origem estrangeira.
Entre os participantes nessa reunião estiveram membros do partido de extrema-direita alemão Alternativa para a Alemanha (AfD) e o austríaco Sellner, que apresentou um projeto para enviar para o norte de África até dois milhões de pessoas, requerentes de asilo, estrangeiros ou pessoas já com passaporte alemão, de acordo com o Correctiv.
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