"Estabeleceu-se a necessidade de sancionar 30 indivíduos e duas entidades relacionadas diretamente com a morte de Navalny", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, em declarações à imprensa em Bruxelas, no final de um Conselho de Negócios Estrangeiros.
A aprovação formal deste acordo político para sancionar indivíduos e entidades ligadas aos abusos e à morte de Navalny acontecerá nos próximos dias.
De acordo com o Serviço Prisional Russo (FSIN), Navalny morreu em 16 de fevereiro, depois de ter sofrido um colapso súbito numa colónia penal do Ártico, onde cumpria uma pena de 19 anos por extremismo.
Crítico declarado do regime do Presidente Vladimir Putin e carismático defensor da luta contra a corrupção, Navalny morreu aos 47 anos em circunstâncias ainda pouco claras, apesar da certidão de óbito mencionar causa natural.
Os seus apoiantes, a viúva Yulia Navalnaya e muitos líderes ocidentais acusaram o Presidente russo, Vladimir Putin, de ser responsável pela morte de Navalny.
A Presidência russa negou tais acusações.
Após aquela que terá sido a última participação de João Gomes Cravinho num Conselho de ministros da UE enquanto chefe da diplomacia portuguesa, o responsável disse ainda à imprensa que, "ao longo destes dois anos nestas funções", notou "uma grande intensificação da preocupação no sentido de urgência em relação ao apoio" à Ucrânia.
"Isso ficou muito patente na reunião de hoje, começando com a interação com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e passando também naturalmente pela discussão com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia", Dmytro Kuleba, que participaram no encontro por videoconferência, adiantou o ministro português.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
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