Pretória investiga presidente do parlamento por alegado suborno

Investigadores da elite policial sul-africana revistaram hoje a residência da ex-ministra da Defesa e atual presidente do parlamento da África do Sul, Nosiviwe Mapisa-Nqakula, devido a alegações de suborno, foi hoje anunciado.

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Lusa
19/03/2024 18:44 ‧ 19/03/2024 por Lusa

Mundo

África do Sul

A operação de buscas na residência em Joanesburgo da dirigente política do Governo do Congresso Nacional Africano (ANC) foi realizada por investigadores da unidade de elite da polícia criminal Hawks, e da Direção de Investigação (ID, na sigla em inglês) da Autoridade Nacional de Acusação (NPA), afeta ao Ministério Público, indicou à imprensa sul-africana o porta-voz do NPA, Mthunzi Mhaga.

Nosiviwe Mapisa-Nqakula está a ser investigada por alegado suborno de pelo menos 2,3 milhões de rands (cerca de 112 mil euros) em dinheiro, no âmbito de um concurso público das Forças Armadas sul-africanas (SANDF, na sigla em inglês), em 2019, durante o seu mandato como ministra da Defesa (2012-2021) do país africano, segundo vários órgãos de comunicação social sul-africanos.

Todavia, o porta-voz do parlamento, Moloto Mothapo, sublinhou a "inocência" de Nosiviwe Mapisa-Nqakula no caso de alegado suborno.

"A presidente do parlamento defende firmemente a sua forte convicção de inocência e reafirma que não tem nada a esconder. Em linha com isto, ela recebeu os investigadores na sua casa, cooperando plenamente durante a extensa busca que durou mais de cinco horas", salientou.

Mapisa-Nqakula, que recebeu formação militar na antiga União Soviética nos anos 1980, foi exonerada do cargo ministerial em agosto de 2021 após a polémica utilização de uma aeronave da Força Aérea Sul-Africana para transportar uma delegação do ANC, o partido no poder na África do Sul desde 1994, para uma reunião político-partidária em Harare, no ano anterior, tendo sido posteriormente eleita, no mesmo mês, para o cargo de presidente do parlamento sul-africano, onde o ANC detém a maioria.

Leia Também: África do Sul. Conselheiros acusam CNE de impedir exercício da cidadania

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