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Checos, polacos e bálticos pedem embargo os cereais russos e bielorrussos

A República Checa, a Polónia e os três Estados bálticos defenderam hoje que a União Europeia (UE) instaure um embargo às importações de cereais provenientes da Federação Russa e da Bielorrússia, invocando a invasão russa da Ucrânia.

Checos, polacos e bálticos pedem embargo os cereais russos e bielorrussos
Notícias ao Minuto

23:55 - 20/03/24 por Lusa

Mundo Cereais

"Enquanto membros da UE, consideramos imperativo satisfazer a nossa obrigação moral de bloquear qualquer atividade que possa reforçar potencialmente" a Federação Russa e da Bielorrússia, declararam os ministros da Agricultura polaco, checo, lituano, letão e estónio.

Em carta comum, consultada pela AFP, apelam para que a Comissão Europeia tome as medidas legais pata "limitar as importações de cereais" da Federação Russa e da Bielorrússia.

Também é "crucial criar medias destinadas a impedir que cereais potencialmente roubados na Ucrânia entrem no mercado da UE", acrescentaram.

Os cinco ministros sublinharam, por outro lado, que as importações de cereais provenientes dos Estados em causa "exercem uma pressão" sobre os mercados europeus e "concorrem diretamente com a produção dos agricultores da UE", quando estes se manifestam em diferentes pontos da Europa para defenderem o seu setor de atividade.

Os ministros sublinharam que as receitas das exportações de cereais contribuem para o esforço de guerra russo.

"Os recursos financeiros são afetados à produção de mísseis, drones e outras armas que (...) vão causar mais mortes de cidadãos ucranianos", disseram.

Na carta dos ministros detalhou-se que a UE importou 1,53 milhões de toneladas de cereais da Federação Russa, por 437,5 milhões de euros em 2023.

Em fevereiro, a Letónia interditou a importação de produtos de alimentação da Federação Russa e da Bielorrússia, incluindo os que transitam por país terceiros.

O primeiro-ministro polaco apelou em março à UE para que imponha sanções "totais" às importações de produtos agrícolas e de alimentação da Federação Russa e da Bielorrússia.

Leia Também: Ucrânia. França insatisfeita com acordo europeu de importações agrícolas

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