A informação foi confirmada pelo porta-voz da missão norte-americana junto da ONU, Nate Evans, que indicou que após "muitas rondas de consultas", a resolução será levada a votos na manhã de sexta-feira e será "uma oportunidade para o Conselho falar a uma só voz para apoiar a diplomacia no terreno e pressionar o Hamas a aceitar o acordo que está sobre a mesa".
Os Estados Unidos, aliados históricos de Israel, bloquearam repetidamente outras resoluções levadas a votação no Conselho que apelavam a um cessar-fogo imediato e duradouro em Gaza.
A mudança de posição foi anunciada quarta-feira pelo secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, na Arábia Saudita, a primeira etapa da sexta digressão pelo Médio Oriente desde o início da guerra, que prosseguirá na sexta-feira em Israel.
Já no Cairo, Blinken disse hoje que um cessar-fogo em Gaza terá de estar ligado à libertação dos reféns raptados durante o ataque do Hamas a Israel.
O embaixador francês junto da ONU instou hoje o Conselho de Segurança a "tomar medidas antes do fim de semana" para exigir um cessar-fogo em Gaza durante o período do Ramadão.
"Cada vez que há uma crise no mundo, a primeira coisa que o Conselho de Segurança pede é um cessar-fogo. (...) Não deveria haver uma exceção. Conseguimos um cessar-fogo para o Ramadão no Sudão, por isso precisamos de um cessar-fogo para o fim do Ramadão também em Gaza", advogou.
O Ministério da Saúde de Gaza elevou o número de mortos no território para cerca de 32.000 palestinianos. O ministério não faz distinção entre civis e combatentes na contagem, mas diz que as mulheres e as crianças representam dois terços dos mortos.
Uma agência das Nações Unidas alertou para o facto de "a fome estar iminente" no norte de Gaza.
Os militantes palestinianos mataram cerca de 1.200 pessoas no ataque surpresa de 07 de outubro a partir de Gaza, o que desencadeou a guerra, e fizeram reféns outras 240. Estima-se que o Hamas ainda mantém cerca de 100 pessoas como reféns, bem como os restos mortais de outros 30.
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