China e Índia condenam ataque em Moscovo que fez pelo menos 60 mortos
O Presidente chinês e o primeiro-ministro indiano condenaram hoje o ataque a uma sala de espetáculos nos arredores de Moscovo, na sexta-feira à noite, que causou pelo menos 60 mortos e foi reivindicado pelo Estado Islâmico.
© Maxim Shemetov/REUTERS
Mundo Moscovo
O Presidente chinês, Xi Jinping, apresentou "as condolências" ao homólogo russo, Vladimir Putin, de acordo com a agência de notícias estatal chinesa Xinhua.
"A China condena vigorosamente o ataque terrorista e apoia firmemente os esforços do Governo russo para manter a segurança e a estabilidade" no país, disse Xi Jinping.
Também o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, condenou o "hediondo ataque terrorista" a uma sala de concertos nos arredores de Moscovo.
"A Índia está solidária com o Governo e o povo da Federação Russa neste momento de dor", escreveu Modi na rede social X.
O ataque armado, a que se seguiu um enorme incêndio numa sala de concertos nos arredores de Moscovo, foi reivindicado pelo grupo fundamentalista Estado Islâmico (EI).
Isto depois de a Ucrânia ter negado qualquer responsabilidade e os serviços secretos de Kiev terem acusado o Kremlin de orquestrar o ataque, para culpar a Ucrânia e justificar "uma escalada" da guerra, conforme noticiou a agência France-Presse (AFP).
As forças de ordem russas afirmaram estar à procura dos agressores e as autoridades advertiram que o número de mortos "pode aumentar".
O EI, que já atacou a Rússia em várias ocasiões, afirmou na plataforma de mensagens Telegram que os combatentes do grupo "atacaram uma grande concentração (...) nos arredores da capital russa".
A organização fundamentalista afirmou que o grupo de comandos tinha depois "regressado em segurança à base".
De acordo com o Ministro da Saúde da Rússia, Mikhail Murashko, 115 pessoas estão hospitalizadas, incluindo cinco crianças. Entre os feridos, sessenta adultos e um menor encontram-se em estado grave.
O atentado, que os meios de comunicação social russos começaram a noticiar por volta das 20:15 de Moscovo (17:15 em Lisboa), foi levado a cabo por vários indivíduos armados na Crocus City Hall, uma sala de espetáculos situada em Krasnogorsk, nos arredores da capital russa, informou a AFP.
Jornalistas da agência de notícias viram o edifício mergulhado em chamas, nuvens de fumo negro a sair do telhado e uma enorme presença policial e dos serviços de emergência.
De acordo com a televisão russa, o telhado do edifício colapsou parcialmente. Não foi dada qualquer informação sobre o número de pessoas presas no interior da estrutura.
Segundo um jornalista da agência de notícias estatal Ria Novosti, pessoas camufladas invadiram a sala de espetáculos antes de abrirem fogo e lançarem "uma granada ou uma bomba incendiária".
Os serviços de emergência afirmaram que as chamas se espalharam pelos quase 13 mil metros quadrados do edifício, antes de o fogo ser contido.
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