As detenções foram anunciadas pelo vice-presidente de Mobilização e Eventos do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, o partido do regime), durante a mobilização de simpatizantes em apoio à recandidatura presidencial de Nicolás Maduro.
"Apanhámos três pessoas que planeavam sabotar, criar condições para a violência neste dia glorioso (...) Um deles na Praça Diego Ibarra, outro na Avenida Bolívar [ambas no centro de Caracas] e outro na marcha de Cantv [Av. Libertador, nas proximidades do centro]", disse Nahum Fernández à televisão estatal venezuelana.
Segundo Nahum Fernández, um dos detidos tinha "preparado um artefacto para lançar contra o Presidente" da Venezuela.
"São da direita, que não tem povo, que não tem gente, que não tem votos e que sabem que vão perder", frisou.
As detenções de dois dos três indivíduos foram, entretanto, confirmadas pelo Presidente Nicolás Maduro que relacionou os detidos com o partido Vente Venezuela [liberal-republicano], liderado por Maria Corina Machado, vencedora das primárias da oposição de outubro de 2023, mas desqualificada pelas autoridades para exercer cargos públicos.
Nas últimas semanas as autoridades venezuelanas detiveram nove opositores, dois do partido Causa R e sete do Vente Venezuela, por alegadamente conspirarem contra Nicolás Maduro. As mesmas acusações levaram ainda as autoridades a emitir, na semana passada outros sete mandados de detenção, de integrantes do VV.
O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, o partido do regime) formalizou hoje a candidatura de Nicolás Maduro às eleições presidenciais de 28 de julho, nas quais concorre a um terceiro mandato de seis anos.
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