A Polícia do Capitólio deteve, na terça-feira, 13 manifestantes que protestavam contra o facto de o Supremo Tribunal estar a analisar as restrições de acesso à mifepristona, uma pílula utilizada na maioria dos abortos, nos EUA. Os manifestantes circularam pelos terrenos do Capitólio e "bloquearam ilegalmente as estradas", garantiram as autoridades.

"Os nossos polícias alertaram o grupo para parar de bloquear a passagem ou seriam presos. Eles recusaram, então foram detidos", afirmou um porta-voz da Polícia do Capitólio. De acordo com o ABC News, durante toda a manhã houve grandes manifestações organizadas por pessoas pró-aborto.

Duas das organizações envolvidas nos protestos confirmaram a detenção dos seus membros, entre os quais estão 12 mulheres e um homem. "A realidade é que este caso é pessoal e nós consideramo-lo como tal. Não poderíamos simplesmente ficar parados, enquanto os direitos ao nosso corpo são potencialmente revogados", referiu a diretora executiva da Marcha das Mulheres, Rachel O'Leary Carmona, que foi uma das detidas.

De salientar que, na discussão, a maioria dos nove juízes do Supremo Tribunal norte-americano mostrou-se desfavorável ao restabelecimento das restrições de acesso à pílula abortiva. Um acordo histórico de junho de 2022, que anulou a garantia federal do direito ao aborto, a mais alta instância judicial norte-americana, com uma maioria conservadora, deu aos estados plena liberdade para legislar nesta área.

Desde então, cerca de vinte proibiram a interrupção voluntária da gravidez, quer seja realizado através de medicação ou cirurgia, ou regulamentaram-no estritamente.

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