"Este é um incidente muito grave", realçou hoje o porta-voz militar, o contra-almirante Daniel Hagari, em conferência de imprensa, garantindo que o objeto não tripulado foi "fabricado no Irão" e que o ataque também foi executado por esta nação.
O 'drone' chegou a Israel "vindo do leste", quando foi disparado desde o Iraque por uma milícia apoiada pelo Irão, e fez soar as sirenes aéreas antes de cair na área do Golfo de Eilat, de acordo com um comunicado militar, que negou a existência de feridos.
A descrição do lançamento deste projétil coincide com a reivindicação do ataque feita na madrugada de hoje pela Resistência Islâmica do Iraque, uma aliança de milícias xiitas.
Está é a primeira vez que a milícia consegue que um dos seus lançamentos chegue a Israel, embora não seja o primeiro lançamento desde o início da guerra na Faixa de Gaza.
O grupo tinha assumido a responsabilidade por um ataque às "terras ocupadas, em solidariedade com o povo palestiniano de Gaza".
Os meios de comunicação social israelitas apontaram que o alvo do ataque poderá ter sido a fragata Saar 6, atracada no porto de Eilat, uma vez que o impacto ocorreu num edifício próximo.
Eilat tem sido alvo de lançamentos de mísseis balísticos, de cruzeiro e de 'drones', em paralelo à guerra em Gaza, mas a maioria provém dos Huthis do Iémen, um grupo financiado pelo Irão, sem que tenham sido relatados quaisquer danos de maior.
A maioria dos ataques foi intercetada pelo sistema de defesa de longo alcance Arrow de Israel.
Os rebeldes Huthis assumiram a responsabilidade pelo lançamento de dezenas de mísseis de longo alcance depois de declararem guerra a Israel devido ao conflito em Gaza.
Os ataques dos Huthis perturbaram em grande medida o comércio marítimo internacional, cuja passagem pelo mar Vermelho e pelo canal do Suez é uma via essencial.
Também hoje o consulado iraniano em Damasco foi atingido por vários ataques israelitas, noticiaram 'media' estatais sírios, com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) a indicar que oito pessoas foram mortas nos bombardeamentos.
Os ataques provocaram a morte de um comandante e de cinco outros elementos do Corpo da Guarda Revolucionária, segundo a televisão estatal iraniana e o OSDH.
O embaixador do Irão na Síria, Hossein Akbari, afirmou hoje que Teerão responderá duramente a Israel pelo ataque ao consulado.
Israel está atualmente envolvido numa guerra na Faixa de Gaza contra o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), depois de, em 07 de outubro, o grupo islamita palestiniano ter matado cerca de 1.200 pessoas e feito 240 reféns numa série de ataques em território israelita.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) responderam a esses ataques do Hamas com uma campanha militar sangrenta na Faixa de Gaza, que causou até agora a morte de mais de 32.800 palestinianos, na sua maioria mulheres e crianças, e mais de 75.000 feridos.
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