Israel vai manter ataques na fronteira com o Líbano contra o Hezbollah

O chefe do Estado-Maior israelita aprovou hoje os planos que mantêm a ofensiva por terra e ar na fronteira com o Líbano, contra combatentes do Hezbollah, situação que já forçou ao deslocamento de 80.000 pessoas em Israel.

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© Ramiz Dallah/Getty Images

Lusa
01/04/2024 23:05 ‧ 01/04/2024 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

Os planos "para a continuação dos combates" foram aprovados após uma avaliação na cidade israelita de Safed, na qual participaram o Chefe do Estado-Maior General, Herzi Halevi, o comandante do Comando Norte Ori Gordin e outros oficiais, pode ler-se numa declaração militar hoje divulgada.

A reunião decorreu numa altura em que prosseguem repetidos ataques do Hezbollah contra o norte de Israel, segundo a milícia xiita em resposta à guerra de Israel na Faixa de Gaza.

Também ocorreu após o consulado iraniano em Damasco ter sido atingido por vários ataques israelitas, de acordo com 'media' estatais sírios, com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) a indicar que oito pessoas foram mortas nos bombardeamentos.

As forças israelitas atacaram hoje pelo ar em simultâneo uma dezena de objetivos militares do Hezbollah na zona de Rachaya al Foukhar, no sul do Líbano, incluindo "um armazém de armas, locais de lançamento e infraestruturas terroristas", adiantou o Exército.

"Nas últimas horas ocorreram vários lançamentos do território libanês em direção às áreas dos 'kibutz' Cheba e Manara", detalhou o Exército, que afirmou ter atacado em retaliação.

A milícia libanesa reivindicou hoje a responsabilidade por pelo menos três ataques contra o território israelita.

As hostilidades na fronteira começaram em 08 de outubro, um dia após o início da guerra na Faixa de Gaza, em solidariedade entre o Hezbollah e as milícias islâmicas palestinianas no enclave.

A troca de ofensivas intensificou-se muito nas últimas semanas, o que suscita receios de uma guerra aberta entre as partes após o maior pico de tensão, em 2006, com uma intensa troca de tiros durante mais de cinco meses que custou a vida a pelo menos 370 pessoas, a maioria do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah.

Israel revelou no domingo que matou num ataque de 'drone' um comandante do corpo de elite Radwan do Hezbollah, Ismail Al Zin, que chefiava a unidade de mísseis antitanque e foi responsável por "dezenas de ataques contra civis, comunidades e forças de segurança israelitas".

O Hezbollah confirmou a morte do comandante Al Zin, bem como sete ataques contra Israel, com foguetes, mísseis, artilharia e 'drones', incluindo um míssil Burkan contra Malkia, no qual um soldado israelita ficou ligeiramente ferido.

Israel está atualmente envolvido numa guerra na Faixa de Gaza contra o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), depois de, em 07 de outubro, o grupo islamita palestiniano ter matado cerca de 1.200 pessoas e feito 240 reféns numa série de ataques em território israelita.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) responderam a esses ataques do Hamas com uma campanha militar sangrenta na Faixa de Gaza, que causou até agora a morte de mais de 32.800 palestinianos, na sua maioria mulheres e crianças, e mais de 75.000 feridos.

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