Oito turistas viram um cruzeiro de sonho tornar-se num verdadeiro pesadelo após ficarem retidos em São Tomé e Príncipe, depois de o navio partir sem eles.
Os turistas - seis norte-americanos e dois australianos - seguiam no Norwegian Dawn, um navio de cruzeiro norueguês, que tinha partido da Cidade do Cabo, África do Sul, no dia 20 de março, para uma viagem de 21 dias, que ia terminar em Barcelona, Espanha, a 10 de abril. Contudo, no passado dia 27 de março, atrasaram-se após uma excursão privada na ilha e o navio seguiu sem eles.
À NBC, Jay e Jill Campbell, que faziam parte do grupo que ficou para trás, contaram que o operador da excursão notificou o capitão do cruzeiro sobre o atraso. A Guarda Costeira local ainda os tentou levar ao navio, mas não foram autorizados a embarcar.
Assim, o casal, da Carolina do Sul, e o resto do grupo ficaram retidos durante vários dias na ilha, a braços com a barreira linguística e questões monetárias.
Um porta-voz norueguês da companhia de cruzeiros classificou o incidente como uma "situação muito infeliz" e disse que "os hóspedes são responsáveis por garantir que regressam ao navio à hora publicada".
A companhia disse que os passaportes dos turistas foram entregues aos agentes portuários locais, de acordo com o protocolo e que estava a trabalhar para perceber "os requisitos e vistos necessários para os hóspedes voltarem a embarcar no navio no próximo porto de escala disponível", cita a NBC.
Na segunda-feira, os passageiros tinham tomado providências para se juntarem ao navio em Banjul, na Gâmbia, mas o navio não conseguiu atracar em segurança devido a "condições climatéricas adversas". Os passageiros foram contactados e receberam informações para voltarem a juntar-se ao navio no Dakar, no Senegal, na terça-feira.
Jill Campbell disse que viajaram por sete países, em 48 horas, para chegar ao Senegal na segunda-feira à noite, mas estão agora estão a perceber se querem regressar ao cruzeiro. "Estamos a ponderar se vamos ou não embarcar no navio. Está atracado aqui no Senegal", disse Jill Campbell.
"Depois do que testemunhámos, acreditamos verdadeiramente que, embora haja um conjunto de regras ou políticas que o navio possa ter seguido, seguiram essas regras de forma demasiado rígida. Penso que se esqueceram que são pessoas que trabalham no setor da hotelaria e que a segurança e o bem-estar dos clientes devem ser a sua primeira prioridade", acrescentou.
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