China espera que visita de Yellen permita "criar consenso" com os EUA
A China espera que a próxima visita da Secretária do Tesouro norte-americana, Janet Yellen, sirva para "construir consensos" com os Estados Unidos e que Washington esteja "disposta a trabalhar com Pequim para chegar a um meio-termo".
© Reuters
Mundo Janet Yellen
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, confirmou hoje que Yellen visitará a China entre 3 e 9 de abril, tal como o Governo norte-americano anunciou.
"As relações económicas entre os nossos países são benéficas por natureza. Esperamos que os Estados Unidos trabalhem com a China para se encontrarem a meio caminho e tratarem as diferenças de forma adequada", disse Wang.
O objetivo é "construir consensos" com vista a "aprofundar a cooperação e promover a estabilidade das relações sino-americanas", acrescentou.
A visita surge depois de o Presidente dos EUA, Joe Biden, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, terem falado na terça-feira, numa chamada telefónica que a Casa Branca descreveu como "franca", mas na qual, segundo o Governo chinês, houve alguma fricção.
Foi a primeira chamada telefónica entre os dois líderes desde julho de 2022 e a primeira conversa desde o seu encontro em novembro do ano passado em São Francisco à margem da cimeira do fórum Cooperação Económica Ásia -Pacífico (APEC).
O objetivo de Biden, segundo a Casa Branca, era "fazer uma atualização" com Xi, numa tentativa de manter as duas potências em contacto e evitar que um incidente se transforme numa crise com consequências imprevisíveis.
O Governo chinês também considerou o telefonema positivo para a estabilidade global, embora Xi tenha deixado claro o seu descontentamento com as restrições de Biden à exportação para a China de tecnologia norte-americana avançada, incluindo 'chips' semicondutores.
Xi advertiu Biden de que o seu governo "não está a reduzir os riscos, mas a criar riscos" com as suas restrições tecnológicas e avisou que a China "não ficará de braços cruzados" se Washington insistir em suprimir ainda mais o seu "direito legítimo ao desenvolvimento".
Os dois líderes discutiram o TikTok e as tentativas do Congresso dos EUA de aprovar um projeto de lei que obrigaria a empresa chinesa proprietária da rede social, a ByteDance, a vender as suas operações nos EUA para proteger a segurança nacional dos EUA, uma vez que existem preocupações de que Pequim a esteja a utilizar para espionagem.
Yellen deslocou-se a Pequim em julho do ano passado, numa visita durante a qual advertiu que os EUA procuram uma "concorrência económica saudável" com a China, ao mesmo tempo que afirmou que Washington tomará, em alguns casos, "medidas para proteger a sua segurança nacional".
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