Corpos de seis trabalhadores humanitários já saíram de Gaza

Os corpos dos seis trabalhadores humanitários estrangeiros da organização World Central Kitchen (WCK), mortos num ataque israelita, já saíram hoje da Faixa de Gaza, através da passagem de Rafah, segundo autoridades locais e de saúde.

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© Ahmad Hasaballah/Getty Images

Lusa
03/04/2024 14:22 ‧ 03/04/2024 por Lusa

Mundo

Israel

Seis ambulâncias retiraram os corpos das vítimas em direção ao Egito, onde se esperava que fossem recebidos por representantes oficiais dos seus países, segundo Marwan Al-Hams, diretor do hospital Abu Youssef Al-Najjar, em Rafah.

Entre os trabalhadores humanitários estrangeiros contam-se três britânicos, um polaco, uma australiana e um americano-canadiano.

Uma sétima vítima palestiniana, o motorista e intérprete da equipa, foi enterrada em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

Um 'drone' (aparelho não tripulado) israelita disparou três tiros na noite de segunda-feira contra uma caravana da WCK na cidade de Deir al-Balah, no centro do enclave palestiniano, apesar de os carros estarem claramente marcados com o logótipo da organização, segundo um relatório exclusivo publicado na terça-feira no diário israelita Haaretz.

O relatório preliminar do exército israelita, publicado hoje, conclui que o ataque ao comboio humanitário da WCK não tinha "intenção de prejudicar os trabalhadores humanitários" e deveu-se a um "erro de identificação".

O chefe do Estado-Maior do exército israelita, Herzi Halevi, insistiu que uma "entidade independente investigará o incidente minuciosamente", uma investigação mais completa que deverá estar concluída nos próximos dias, e prometeu que o exército "aprenderá com as suas conclusões, implementará medidas imediatas e partilhará essas conclusões com a WCK e outras organizações internacionais relevantes".

Na sequência do ataque, a organização suspendeu as atividades no enclave palestiniano, que enfrenta um cenário de fome, devido à guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, em curso há quase seis meses.

A instituição, fundada em 2010 pelo 'chef' espanhol (com cidadania norte-americana) José Andrés, é uma das duas organizações não-governamentais (ONG) ativamente envolvidas na entrega de ajuda a Gaza por via marítima a partir de Chipre.

O ataque contra os trabalhadores humanitários foi condenado, entre outras organizações e países, pela União Europeia e pelos Estados Unidos da América, que exigiram que o incidente seja investigado.

Leia Também: Polónia avisa que ataque a ONG em Gaza coloca solidariedade à prova

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