Os membros da segurança do parlamento reagiram rapidamente para impedir que os familiares e outros participantes continuassem o seu protesto, o que provocou algum caos e pequenas brigas.
As imagens, publicadas pelo Knesset na rede social X, mostram também alguns membros da oposição política a levantarem-se durante o protesto dos familiares e a erguerem os braços em apoio.
Não é a primeira vez que os familiares dos reféns se deslocam ao parlamento, mas a situação é agora particularmente tensa, uma vez que o Governo israelita ainda não chegou a acordo com o movimento islamita palestiniano Hamas para libertar os cerca de 130 reféns que ainda permanecem em cativeiro, após 180 dias de guerra.
A indignação e o mal-estar também foram transferidos para as ruas, com manifestações em massa tanto em Telavive como em Jerusalém, onde no domingo, primeiro dia de protestos, cerca de 100.000 pessoas inundaram as ruas e montaram um acampamento em frente ao parlamento para exigir a demissão do Governo liderado por Benjamin Netanyahu e eleições antecipadas.
Foi o protesto anti-governamental mais maciço desde 07 de outubro de 2023, quando o Hamas fez um ataque sem precedentes em território israelita, matando cerca de 1.200 pessoas e fazendo perto de 250 reféns.
Na terça-feira à noite, no terceiro dia consecutivo de contestação anti-governamental, israelitas tentaram romper as barricadas da polícia para chegar à residência privada do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
A polícia israelita classificou a tentativa destes manifestantes como um "motim" e vários dos que conseguiram sentar-se num parque infantil em frente à casa de Netanyahu foram retirados. No total, cinco pessoas foram detidas, tendo sido entretanto libertadas.
Um polícia foi hospitalizado devido a um ferimento sofrido quando um manifestante lhe atirou uma vedação anti-motim, noticiou o diário israelita Times of Israel.
Uma parte da sociedade israelita considera que Netanyahu está a colocar a sua sobrevivência política à frente do regresso dos prisioneiros, prolongando a ofensiva na Faixa de Gaza para não ter de enfrentar processos de corrupção pendentes ou novas eleições.
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