Ataque surpresa dos Hutis faz 11 mortos entre fação rival no Iémen

Um ataque surpresa dos rebeldes Hutis na madrugada de hoje matou 11 membros de uma fação armada leal ao governo iemenita, no sul do país, informou um porta-voz à agência France Presse.

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Lusa
03/04/2024 19:04 ‧ 03/04/2024 por Lusa

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Hutis

O ataque ocorreu na província de Lahj e visou as posições das forças armadas afiliadas ao Conselho de Transição do Sul (STC), segundo Mohammed al-Naqib, porta-voz do STC, um grupo separatista aliado do governo iemenita contra os Hutis.

Onze combatentes morreram a repelir os rebeldes, acrescentou al-Naqib, afirmando que "os Hutis não avançaram um centímetro".

Um oficial militar corroborou a informação, sublinhando que as forças leais ao governo iemenita tinham conseguido repelir o ataque, que durou cinco horas.

Vários rebeldes foram mortos, acrescentou o responsável, sem indicar um número exato.

A violência eclodiu no coração de uma região disputada entre rebeldes e as forças pró governamentais.

O Iémen, o país mais pobre da Península Arábica, está dilacerado desde 2014 por uma guerra civil que causou centenas de milhares de mortos e criou uma das piores crises humanitárias do mundo, segundo as Nações Unidas.

Apoiados pelo Irão, os Hutis controlam uma grande parte do Iémen - incluindo a capital Saná - e lutam contra uma coligação liderada pela Arábia Saudita, que há um ano tenta encontrar uma saída para este conflito.

A violência diminuiu consideravelmente desde a negociação de uma trégua em abril de 2022, sob a égide da ONU, encorajada pela reviravolta da Arábia Saudita e pela aproximação entre a Arábia Saudita e o Irão, após anos de rivalidade.

Porém, a situação continua muito precária, pontuada por episódios esporádicos de violência que ameaçam quebrar a relativa calma.

Em dezembro, o enviado da ONU, Hans Grundberg, anunciou progressos no sentido de um caminho para uma paz duradoura, com os oponentes a comprometerem-se com um novo cessar-fogo.

Mas os repetidos ataques dos Hutis, ao longo de vários meses, contra navios mercantes no Mar Vermelho, em solidariedade com os palestinianos sujeitos aos bombardeamentos israelitas em Gaza, estão a pôr em risco os esforços para alcançar a paz, alertou hoje enviado especial dos EUA, Tim Lenderking.

Leia Também: Hutis acolhem conferência sobre Palestina com netos de Mandela e Gandhi

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