O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, voltou a falar esta quinta-feira, após uma reunião com os ministros dos Negócios Estrangeiros pertencentes à Aliança.
"Temos sido a aliança mais forte e mais bem-sucedida na História", começou por assinalar durante uma conferência de imprensa, apontando mais uma vez o 75.º aniversário da organização.
O primeiro ponto do seu discurso foi dedicado à Ucrânia, país em relação ao qual notou que a situação no campo de batalha se mantinha "séria". "A Ucrânia precisa mais defesas aéreas, mais munições e mais ajuda", afirmou, exemplificando toda a ajuda que Kyiv tinha recebido nos últimos dias dos países.
"Mas precisamos de fazer ainda mais", apontou o responsável. Stoltenberg, apontando que foram analisados nos encontros as implicações da guerra da Rússia contra a Ucrânia, incluindo os apoios a Moscovo, vindos da China, Coreia do Norte e Irão. "A NATO e os seus parceiros têm de se manter unidos", defendeu.
Stoltenberg disse ainda que se mais apoio não for mobilizado, existe o risco de a Rússia conquistar mais território.
O responsável pela Aliança foi ainda questionado sobre as defesas aéreas, questão à qual Stoltenberg respondeu que os aliados iam verificar os se inventários, incluindo mísseis Patriot, para perceber o que era possível disponibilizar. Em causa estava um pedido feito pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmitro Kuleba, por mais sistemas Patriot. Stoltenberg reconheu que, no imediato, os países da Aliança eram incapazes de responder.
Em simultâneo, completou o secretário-geral, os Estados-membros querem assegurar que os sistemas Patriot que já estão na Ucrânia "têm todas as munições de que precisam, mas também as peças para a manutenção".
Stoltenberg afirmou ainda que os aliados precisam tanto de mobilizar mais apoio a Kyiv nos próximos dias e semanas, mas também garantiu um apoio maior a longo prazo. Stoltenberg não deu detalhes sobre como estes planos se iriam desenvolver.
Leia Também: "Aliança mais forte, duradoura e bem sucedida da história" faz 75 anos