França tem estado sob pressão nas últimas 48 horas depois de dois casos de violência juvenil terem sido conhecidos, em diferentes locais do país. Ambos os casos envolvem adolescentes, detenções de menores e, no último caso, a morte da vítima, que tinha 15 anos.
O presidente de França, Emmanuel Macron, já tinha expressado a sua "solidariedade" em relação ao primeiro caso, quando uma jovem de 13 ou 14 anos, identificada como Samara, foi agredida a poucos metros da sua escola, em Montpellier.
O caso, que aconteceu na terça-feira, levou o ministério da Educação também a garantir que as circunstâncias seriam apuradas, numa altura em que três menores foram detidos – mas, segundo a mãe da vítima, terão havido pelo menos pessoas envolvidas na agressão. Samara chegou a estar em coma, mas já melhorou, apesar de estar "traumatizada" com a situação.
A progenitora diz ainda que a filha era vítima de assédio moral há pelo menos um ano e meio e que a escola já tinha mesmo suspendido uma das alunas envolvidas na agressão, quando, no ano passado, esta partilhou fotografias da filha, apelando a que “fosse violada”.
"Vamos ser inflexíveis com qualquer forma de violência", avisou Macron, em declarações aos jornalistas, em Paris. O chefe de Estado manteve-se, no entanto, prudente em relação à eventual responsabilidade das escolas em questão, referindo que as situações aconteceram "fora das escolas". Macron apontou ainda que queria proteger as escolas de se tornarem locais de "violência desinibida entre os jovens".
À semelhança do que fez com o caso de Samara, Macron expressou também "solidariedade" e "compaixão" com o caso de Viry-Châtillon, onde um jovem de 15 anos foi agredido na quinta-feira, acabando por morrer.
No caso deste jovem, que ainda não foi identificado, houve pelo menos três agressores, que usavam balaclavas. O Ministério Público declarou que tinha aberto um inquérito por tentativa de homicídio e agressão em grupo - com "acusações de assassinato e violência perto de uma escola", explica a publicação francesa Le Figaro.
O procurador Grégoire Dulin acrescentou que o jovem foi "agredido violentamente por vários indivíduos", tendo sido "encontrado gravemente ferido por um transeunte numa rua" perto do estabelecimento de ensino.
Leia Também: Mais uma agressão junto a escola em França. Rapaz de 15 anos morreu