"Nenhuma embaixada israelita estará segura", declarou o general da Guarda Revolucionária Yahya Rahim Safavi, citado pela agência iraniana ISNA.
Teerão prometeu retaliar pela destruição na segunda-feira, por ataques aéreos atribuídos a Israel, do edifício consular iraniano em Damasco, na Síria, que mataram sete membros do Corpo da Guarda Revolucionária, unidade de elite da República Islâmica, incluindo dois oficiais de alta patente.
O número total de mortos no ataque foi de 16, de acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.
Rahim Safavi afirmou que, por causa das ameaças iranianas, Israel já tinha "fechado por medo até ontem [sábado] 27 embaixadas", incluindo as representações diplomáticas "na Jordânia, Egito, Bahrein e Turquia", informação não confirmada por outras fontes.
Na quarta-feira, o líder supremo do Irão, ayatolah Ali Khamenei, prestou homenagem em Teerão aos sete militares da Guarda Revolucionária mortos.
O líder iraniano, rodeado por altos responsáveis militares, realizou uma oração pelos mortos em frente das urnas cobertas com a bandeira nacional, descreveu a agência oficial Irna.
Este ataque foi o quinto atribuído a Israel no espaço de uma semana na Síria, um país em guerra civil há 13 anos e cujo Presidente, Bashar al-Assad, é apoiado por Teerão.
O Irão acusou imediatamente Israel, que não tem hábito de admitir a responsabilidade por este tipo de operações, mas que já disse que não permitiria que o regime iraniano ganhasse uma posição na sua fronteira.
Israel realizou centenas de ataques na vizinha Síria contra posições do Governo sírio, grupos pró-iranianos e alvos militares do Irão desde o início da guerra no país em 2011.
Os ataques intensificaram-se com o início, em 07 de outubro, da guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, desencadeada por um ataque sem precedentes do movimento apoiado pelo Irão em solo israelita.
Ali Khamenei ameaçou na quarta-feira que Israel seria "esbofeteado" pelo ataque em Damasco, alertando que os "esforços desesperados na Síria não salvarão [os israelitas] da derrota".
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