Retirada do sul de Gaza provavelmente será para "descanso" dos militares

A retirada do Exército israelita do sul da Faixa de Gaza deve-se provavelmente a um período de descanso das tropas que estão no terreno há quatro meses, admitiu hoje um porta-voz da Casa Branca.

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Lusa
07/04/2024 15:34 ‧ 07/04/2024 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

"Pelo que entendemos e pelos anúncios públicos, este é na verdade um período de descanso e de recuperação física para essas tropas que estão no terreno há quatro meses", disse John Kirby à estação de televisão norte-americana ABC.

O exército israelita retirou esta noite todas as suas tropas terrestres do sul da Faixa de Gaza, mantendo apenas uma brigada no enclave, confirmou uma fonte militar.

Esta retirada acontece após quatro meses de combate em Khan Yunis e quando passam seis meses do início da guerra entre Israel e o Hamas em Gaza.

Segundo o porta-voz do Presidente Joe Biden, a retirada israelita do sul de Gaza "não é necessariamente" indicativa de uma "nova operação para estas tropas".

Passado meio ano após o início do conflito, as atenções estão agora centradas em Rafah, com Israel a afirmar que está determinado a lançar uma ofensiva terrestre, numa altura em que cerca de 1,5 milhões de habitantes de Gaza se encontraram ali concentrados.

O conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita Hamas em solo israelita de 07 de outubro de 2023.

Desde então, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que provocou mais de 33.000 mortos, segundo o Hamas, que governa o pequeno enclave palestiniano desde 2007.

A retaliação israelita está a provocar uma grave crise humanitária em Gaza, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que já está a fazer vítimas - "o número mais elevado alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

O número oficial de mortos na Faixa de Gaza alcançou hoje os 33.175, afirmou em comunicado o Ministério da Saúde do governo de Gaza, controlado pelo grupo islamita radical Hamas.

Leia Também: Netanyahu diz que está a "um passo da vitória" contra o Hamas

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