Na minisessão do Parlamento Europeu, em Bruxelas, os eurodeputados estavam a começar a votar os 10 textos legislativos que compõem o novo Pacto em matéria de Migração e Asilo, proposto em 2020 para uma partilha equitativa das responsabilidades entre os Estados-membros e uma coordenação solidária face aos fluxos migratórios, quando dezenas de ativistas interromperam a sessão.
"Este pacto mata, não votem", apelavam aos parlamentares os ativistas, que estavam entre os vários visitantes que se deslocaram ao Parlamento Europeu, em Bruxelas, para assistir à votação.
Esta ocasião é vista como a última oportunidade para aprovar o documento antes das eleições europeias de junho, após ao longo destes últimos quatro anos ter sido possível, dentro da UE, ultrapassar muitas das tensões entre os Estados-membros, que no entanto mantêm diferentes visões sobre a política migratória.
Ainda assim, a reforma da política migratória e de asilo tem sido criticada por várias associações de defesa de migrantes.
"Este é um importante momento do mandato, precisamos de retomar a sessão de votos e vocês já expressaram a vossa posição", disse a presidente da assembleia europeia, Roberta Metsola, dirigindo-se aos ativistas.
Vários eurodeputados, principalmente das bancadas à esquerda do hemiciclo, aplaudiram o grupo de jovens que se estavam a manifestar.
O eurodeputado sueco Charlie Weimers, que faz parte do Grupo dos Reformistas e Conservadores (ERC), tomou a palavra para criticar a "atitude antidemocrática" dos manifestantes e sugeriu aos parlamentares que os aplaudiram para se juntarem a eles.
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