Uma decisão do Supremo Tribunal do estado do Arizona, conhecida na terça-feira, abriu caminho para a aplicação de uma lei de 1864 que proíbe o aborto em todas as fases da gravidez, sem exceções para violação ou incesto.
"Isso será resolvido e, como vocês sabem, é tudo uma questão de direito dos estados", disse Trump, mostrando-se confiante de que o governo estadual do Arizona contribuirá para a solução do que o republicano considera ser um exagero.
Trump está a enfrentar pressão política sobre o direito ao acesso ao aborto - que os seus adversários democratas esperam que seja uma questão decisiva nas eleições de novembro - depois de divulgar esta semana uma declaração em vídeo recusando-se a apoiar uma proibição nacional do aborto e dizendo que acredita que os limites devem ser deixados aos estados.
A declaração nesse vídeo irritou os conservadores religiosos e deu novos argumentos aos aliados do presidente Joe Biden, que consideram o tema do direito ao aborto como uma das fraquezas políticas de Trump.
O candidato republicano afirma estar orgulhoso de que os três juízes do Supremo Tribunal federal que ele nomeou quando estava na Casa Branca (2017-2021) tenham votado pela anulação de jurisprudência que dava ao Governo central poderes para defender o acesso universal ao aborto.
Trump considera que esse acesso deve ser limitado, mas defende três exceções: em casos de violação, incesto e quando a vida da mãe está em risco.
O candidato republicano também comentou uma lei da Florida que proíbe o aborto após as seis semanas de gravidez, dizendo que provavelmente também a mudará, se vier a ser eleito para a Casa Branca.
"Ao longo de 52 anos, as pessoas quiseram acabar com Roe v. Wade [a lei de jurisprudência sobre o aborto], para devolver o poder aos estados. Nós fizemos isso. Foi uma coisa incrível, uma conquista incrível", prometeu Trump, mostrando-se confiante de que também a situação na Florida seja alterada.
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