Primeiro-ministro polaco critica mecanismo de recolocação de migrantes

O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, criticou hoje o mecanismo de quotas obrigatórias para a recolocação de migrantes, depois de o Parlamento Europeu ter dado luz verde ao novo Pacto de Migração e Asilo da União Europeia (UE).

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© Mateusz Wlodarczyk/NurPhoto via Getty Images

Lusa
10/04/2024 19:44 ‧ 10/04/2024 por Lusa

Mundo

Polónia

"Vamos encontrar uma maneira de, mesmo que o pacto de migração entre em vigor mais ou menos na forma votada hoje, protegermos a Polónia contra o mecanismo de relocalização", indicou o chefe do executivo polaco, segundo a agência noticiosa PAP.

Tusk criticou, assim, uma das partes da reforma europeia sobre asilo e imigração, que prevê um sistema obrigatório de recolocação dos requerentes de asilo em caso de sobrecarga de um país, mas que, na prática, dilui as quotas obrigatórias.

O novo pacto sobre migração e asilo prevê que os governos possam evitar acolher migrantes recolocados, se pagarem uma indemnização por cada transferência rejeitada.

Já o chanceler alemão, Olaf Scholz, caracterizou a aprovação hoje do pacto como um "passo histórico indispensável".

Esta reforma "permite a solidariedade entre os Estados europeus", afirmou o governante, na rede social X (antigo Twitter), acrescentando que "limita a migração irregular e, finalmente, alivia os países que são particularmente afetados".

O Parlamento Europeu deu hoje luz verde final à vasta reforma da política de migração e asilo da UE, que prevê o combate à imigração ilegal e uma solidariedade obrigatória entre os Estados-membros, após quatro anos de discussões.

Na minisessão do Parlamento Europeu, que hoje arrancou em Bruxelas, os eurodeputados aprovaram por maioria os 10 textos legislativos que compõem o novo Pacto em matéria de Migração e Asilo, que foi proposto em 2020 para uma partilha equitativa das responsabilidades entre os Estados-membros e uma coordenação solidária face aos fluxos migratórios.

Esta votação era vista como a última oportunidade para aprovar o documento antes das eleições europeias de junho próximo, após ao longo destes últimos quatro anos ter sido possível, dentro da UE, ultrapassar muitas das tensões entre os 27 Estados-membros, que ainda assim mantêm diferentes visões sobre a política migratória.

Leia Também: Autárquicas. Sondagem dá vitória a conservadores polacos por curta margem

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