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Telavive acusa primeiro-ministro da Irlanda de "esquecer" reféns em Gaza

O Governo de Israel acusou hoje o novo primeiro-ministro da Irlanda, Simon Harris, de se ter esquecido de mencionar os reféns feitos pelo grupo islamita Hamas no seu discurso de posse, demonstrando estar "do lado errado da História".

Telavive acusa primeiro-ministro da Irlanda de "esquecer" reféns em Gaza
Notícias ao Minuto

10:35 - 11/04/24 por Lusa

Mundo Israel/Palestina

"No seu primeiro discurso no cargo, Harris escolheu falar sobre a guerra em Gaza, mas 'esqueceu-se' de mencionar os 133 reféns israelitas que definham nos túneis do Hamas há seis meses", referiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita.

"Mesmo depois do maior massacre de judeus desde o Holocausto e dos crimes de guerra, dos crimes contra a humanidade e dos crimes sexuais cometidos por terroristas do Hamas contra israelitas, há alguns na Irlanda que insistem em estar do lado errado da História", referiu um comunicado publicado no portal oficial do ministério israelita.

A nota indicou que Simon Harris "junta-se ao ministro dos Negócios Estrangeiros irlandês [Micheál Martin], que planeia atribuir mais prémios ao terrorismo sob a forma de um parecer jurídico em conjunto com a África do Sul [nas audiências perante o Tribunal Internacional de Justiça - TI]), braço jurídico da organização terrorista Hamas, e pelo reconhecimento do Estado palestiniano".

"O Estado de Israel continuará a proteger os seus cidadãos, em conformidade com o Direito Internacional, e continuará a agir para conseguir o regresso a casa das 133 pessoas raptadas e colocar fim à organização terrorista Hamas para que o 07 de outubro -- dia que o Hamas atacou o sul de Israel - nunca mais aconteça", enfatizou o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel.

Micheál Martin afirmou na terça-feira que a Faixa está a sofrer "uma catástrofe humanitária".

"Vemos crianças, mulheres e homens inocentes a serem assassinados e a morrer de fome. Não nos calámos face às indesculpáveis ações terroristas do Hamas em 07 de outubro, mas também não podemos permanecer calados face à reação desproporcionada do Governo israelita", argumentou Martin.

"Como país, desempenharemos o nosso papel para a realização de um cessar-fogo e de uma paz duradoura", disse o ministro irlandês, antes de revelar que esta semana viajará para Bruxelas "para transmitir esta mensagem à Europa em nome do povo irlandês".

Martin revelou que apresentará uma proposta formal para o reconhecimento do Estado palestiniano uma vez concluídas "as extensas discussões internacionais" sobre este assunto.

"Não tenha dúvidas de que o reconhecimento do Estado palestiniano ocorrerá", disse o ministro irlandês.

"A enorme catástrofe humanitária em Gaza e a necessidade desesperada e avassaladora de restaurar alguma esperança nesta região continuarão a ser uma prioridade urgente", disse Martin, sublinhando que não tem "nenhuma dúvida" de que "crimes contra a humanidade foram cometidos".

"Condeno abertamente os bombardeamentos contra o povo de Gaza", concluiu o ministro irlandês.

O exército israelita iniciou uma ofensiva militar contra a Faixa de Gaza em resposta aos ataques realizados em 07 de outubro pelo Hamas, no sul de Israel, que deixaram 1.200 mortos e cerca de 240 reféns.

Desde então, as autoridades do Hamas relataram a morte de mais de 33.400 pessoas, incluindo cerca de 450 palestinianos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, devido às ações das forças de segurança e dos colonos israelitas.

Leia Também: Telavive confirma morte de três filhos do líder político do Hamas

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