Segundo Lapid, essa "ruína" acontecerá à medida que avança a ofensiva contra a Faixa de Gaza, onde já morreram mais de 33.800 palestinianos, na maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do movimento islamita Hamas.
"Se não expulsarmos o Governo a tempo, isso irá trazer-nos a ruína. Já está nos a trazer. Chegou a hora de realizar eleições", reafirmou Lapid, que apelou aos ministros do partido Unidade Nacional, Benny Gantz e Gadi Esenkot, para ajudar a acabar com o Executivo dado que "têm mais influência".
"A forma de influenciar é ajudar-nos a derrubar este Governo e depois formar outro. Benny Gantz poderia ser o primeiro-ministro. Não há cidadãos que não acolhessem Eisenkot como o novo ministro da Defesa", esclareceu Lapid, antes de criticar o facto de estes dois ministros serem atualmente "ignorados" pelo Gabinete.
No entanto, mesmo com a saída da Unidade Nacional do Governo, a coligação de Netanyahu ainda teria assentos suficientes para permanecer no poder.
No início deste mês, Gantz apelou a Netanyahu para "chegar a um acordo para definir a data das eleições em setembro".
De acordo com as últimas sondagens, quase três quartos da população israelita é a favor da demissão do primeiro-ministro e metade do país estaria disposto a realizar eleições parlamentares antecipadas.
Anteriormente, o partido Likud, de Netanyahu, acusou Lapid de ser um "hipócrita" e criticou-o por "passar o fim de semana inteiro fora de Israel quando o país estava sob ataque do Irão".
"Lapid, que assinou um lamentável acordo de derrota com o Hezbollah e preferiu ficar fora do país neste fim de semana, não é a pessoa a quem recorrer", acusou o Likud.
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