Uma mulher desmaiou e morreu enquanto estava internada num hospital psiquiátrico privado após beber quantidades excessivas de água.
Segundo um inquérito, citado pelo The Guardian, Lillian Lucas, de 28 anos, morreu em setembro de 2022 após ser encontrada inconsciente no seu quarto na enfermaria no hospital Cygnet em Kewstoke, no Reino Unido, onde estava internada desde junho.
A mulher, enfermeira, diagnosticada com esquizofrenia, já tinha sido internada em vários hospitais inúmeras vezes nos anos anteriores à sua morte.
O inquérito do júri sobre a morte de Lillian revelou que, no início de setembro de 2022, enquanto estava no hospital Cygnet, a mulher foi medicada com clozapina, um medicamento antipsicótico que, devido à sua formação médica, a mulher sabia que poderia ter efeitos colaterais graves.
Ela e o seu pai, Paul, levantaram preocupações sobre a prescrição do medicamento. Contudo, em 8 de setembro de 2022, após beber "quantidades excessivas de água”, a mulher foi encontrada inconsciente no seu quarto e transferida para o hospital, acabando por morrer no dia seguinte.
James McIntyre, psiquiatra que tratou Lillian antes da sua admissão no Cygnet, disse que a polidipsia psicogénica – um distúrbio mental que pode fazer com que algumas pessoas tenham uma necessidade incontrolável de beber água – pode ser causada pelos efeitos colaterais de medicação ou como sintoma da própria psicose.
Segundo o mesmo meio, o legista Dr. Peter Harrowing leu um depoimento da mãe de Lucas, Mary Curran, que estava presente no tribunal. Curran disse no comunicado que a enfermaria do Cygnet tinha falta de pessoal, frisando que a morte da filha é uma "perda insuportável e imensurável".
O inquérito continua.
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