A Nestlé, maior empresa de bens de consumo do mundo, adiciona açúcar e mel a leite para bebés e cereais infantis nos países mais pobres.
A conclusão é de um estudo suíço e que revela que a marca está a desrespeitar as indicações internacionais que visam prevenir a obesidade e doenças crónicas, refere o The Guardian.
A descoberta foi feita depois de a Public Eye, organização de investigação suíça, ter enviado amostras de produtos da marca vendidos na Ásia, África e América Latina, para um laboratório belga.
Os resultados, bem como a análise das embalagens dos produtos, revelaram a adição de açúcar sob a forma de sacarose ou mel em amostras de Nido, uma marca de fórmula láctea para bebés a partir de um ano de idade, e na Cerelac, papa destinada a crianças entre os seis meses e os dois anos.
Note-se que, na maioria dos mercados europeus, as fórmulas para bebés não contêm açúcares adicionados. Embora alguns cereais para crianças de idade mais avançada possam conter açúcar, o mesmo não acontece em produtos destinados a bebés entre os seis meses e um ano de idade.
Perante a descoberta, uma especialista responsável pela investigação afirma que a Nestle "terá que pôr fim a esta perigosa dualidade de critérios e deixar de adicionar açúcar a todos os produtos destinados a crianças com menos de três anos, em todas as partes do mundo".
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