Altos funcionários da Guiné-Bissau detidos por falsificação de passaportes

Três altos funcionários do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau foram detidos por suspeita de pertencerem a uma rede criminosa de falsificação e tráfico de passaportes e auxílio à emigração ilegal, divulgou hoje a Polícia Judiciária (PJ).

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Lusa
18/04/2024 10:55 ‧ 18/04/2024 por Lusa

Mundo

Guiné-Bissau

De acordo com um comunicado divulgado 'online' pela polícia guineense, os três estão indiciados dos crimes de de corrupção, falsificação qualificada e associação criminosa. 

Segundo a PJ, os funcionários "são suspeitos de integrarem uma rede criminosa que se dedicava ao tráfico de passaportes e ao auxílio à emigração ilegal".

As detenções, como se explica no comunicado, ocorreram no âmbito de uma operação policial denominada XISTRA, que "foi desencadeada há dois meses e incluiu um conjunto intensivo de ações de vigilância e seguimento".

"Foram efetuadas abordagens importantes no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, onde a Célula Anti-Tráfico da Polícia Judiciária intercetou vários passageiros na posse de passaportes de serviço emitidos de forma fraudulenta, os quais eram transacionados por avultadas somas de dinheiro", concretizou.

A PJ explicou que "as investigações culminaram com a execução de mandados de busca e apreensão na Direção Geral dos Assuntos Jurídicos e Consulares, de onde foram recolhidos diversos documentos que comprovam a ilegalidade das atividades em curso".

Estes documentos são considerados "peças fundamentais para a prossecução da investigação".

As identidades dos suspeitos não foram divulgadas, nem as funções que desempenhavam no Ministério dos Negócios Estrangeiros, "para não comprometer a investigação" ainda em curso.

A Polícia Judiciária guineense adianta que os detidos serão apresentados ao Ministério Público esta quinta-feira para o primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação adequadas.

A PJ referiu ainda que "esta operação é apenas uma fase de um esforço contínuo e que há indícios de mais funcionários públicos envolvidos no tráfico de passaportes".

Leia Também: Televisões e rádios sem transmissões na Guiné-Bissau há várias semanas

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