Trata-se do "acordo inicial para o início da operação em Cabo Verde, em termos da sediação da própria equipa do MCC, mas depois virão os documentos estratégicos, o contrato em si, mas é preciso que as equipas se instalem - dos Estados Unidos e de Cabo Verde -, para que possam preparar os documentos que serão assinados em termos contratuais, onde os envelopes financeiros serão estabelecidos e os projetos e programas indicativos serão acordados entre as partes", afirmou Olavo Correia.
O documento foi assinado por Olavo Correia, que é também ministro das Finanças e Fomento Empresarial de Cabo Verde, e pelo vice-presidente do Departamento de Operações do MCC, Cameron Alford, em Washington, à margem das Reuniões de Primavera 2024 do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.
O Acordo de Concessão de Financiamento Compacto, ou 'CDF Agreement', faz parte do terceiro Compacto Regional do MCC a Cabo Verde e concede uma subvenção que vai apoiar e facilitar o desenvolvimento e início da aplicação do programa.
Na prática, o acordo visa disponibilizar fundos para cobrir diversos estudos que levarão à definição das atividades do Compacto, segundo o executivo cabo-verdiano.
Além disso, também se destina a financiar a contratação do pessoal necessário, designado pela contraparte nacional, para o desenvolvimento e execução do programa.
"É um grande momento para Cabo Verde. É a terceira vez que estamos a ser contemplados (...). Cabo Verde é o único país a ser contemplado com o terceiro compacto pelos Estados Unidos como um exemplo de democracia, Estado de direito, de boa governança e também um país que está a fazer um trabalho extraordinário em matéria de combate à pobreza e pobreza extrema e da promoção do desenvolvimento e, portanto, para nós também um motivo de muito orgulho", assinalou Olavo Correia.
Para o ministro, este é um projeto que será "disruptivo" para Cabo Verde em termos de criação de empregos e de oportunidades para os jovens e mulheres cabo-verdianas, "para que todos possam viver em Cabo Verde com dignidade e em dignidade".
Ainda durante as Reuniões de Primavera 2024 do FMI e do Banco Mundial, em Washington, a delegação cabo-verdiana teve programadas reuniões com o Departamento de Estado norte-americano, mas também com o Japão, com o Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico de África e com a equipa do Banco Mundial, indicou à Lusa o vice-primeiro-ministro.
Também as relações bilaterais com Guiné-Bissau, Angola, São Tomé e Príncipe integraram as prioridades da deslocação à capital dos Estados Unidos, mais concretamente no quadro das soluções em matéria de fundo climático e ambiental.
Ao mesmo tempo, como presidente do Fórum dos Pequenos Estados Insulares, Olava Correia manteve reuniões nesse âmbito, em que discutiu "questões que são emergenciais para esses países".
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