O ataque, alegadamente efetuado com mísseis antinavios, ocorreu hoje de manhã na parte norte da base da frota russa, disse o governador de Sevastopol, Mikhail Razvozhaev.
"Um pequeno incêndio deflagrou e foi rapidamente extinto", acrescentou Razvozhaev nas redes sociais, segundo a agência espanhola EFE.
O governador de Sebastopol não identificou o navio atacado.
Na sequência do ataque, o trânsito na ponte da Crimeia, a única ligação entre a península e a Rússia continental, foi temporariamente suspenso.
Testemunhas relataram a passagem de vários carros de bombeiros na direção da baía.
Com mísseis e 'drones' navais e aéreos de fabrico próprio, a Ucrânia conseguiu, desde o início da guerra, destruir um terço dos navios da Frota do Mar Negro que lhe causaram tantos danos nos primeiros meses de hostilidades.
Em fevereiro, Kiev destruiu o navio de desembarque "Caesar Kunikov" e a corveta de transporte de mísseis "Ivanovets" ao largo da costa da Crimeia e, no início de março, afundou também a corveta "Sergey Kotov".
O comandante-em-chefe da Marinha russa e o chefe da Frota do Mar Negro foram demitidos em consequência do êxito dos ataques ucranianos.
A Rússia anexou a península ucraniana da Crimeia em 2014, e Sebastopol é a base da Frota do Mar Negro.
Depois de ter invadido a Ucrânia novamente em 24 de fevereiro de 2022, desencadeando a guerra em curso, a Rússia anexou mais quatro regiões ucranianas: Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia.
A Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania russa nas cinco regiões anexadas.
Kiev exige mesmo a retirada das tropas russas de toda a Ucrânia, incluindo a Crimeia, como pré-condição para eventuais negociações de paz.
Em resposta, Moscovo tem afirmado que as autoridades ucranianas têm de se adaptar à nova realidade.
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