Deportações. Governo do Ruanda satisfeito com aprovação de lei britânica

O Governo do Ruanda manifestou-se hoje satisfeito com a votação no parlamento britânico do polémico projeto de lei que permite a expulsão para aquele país africano dos requerentes de asilo que entraram ilegalmente no Reino Unido.

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Lusa
23/04/2024 09:08 ‧ 23/04/2024 por Lusa

Mundo

Reino Unido

"Estamos satisfeitos que o projeto de lei tenha sido adotado pelo parlamento britânico", disse o porta-voz do Governo do Ruanda, Yolande Makolo, num comunicado enviado à Agência France Presse (AFP), acrescentando que as autoridades estão "ansiosas por acolher as pessoas realocadas no Ruanda".

Na segunda-feira, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, qualificou a aprovação da legislação que permite a deportação de migrantes ilegais para o Ruanda como uma "mudança fundamental na equação global da migração".

"A aprovação desta legislação histórica não é apenas um passo em frente, mas uma mudança fundamental na equação global da migração", afirmou, em comunicado.

O Governo britânico anunciou estar confiante que o primeiro voo para o Ruanda possa ser efetuado dentro de 10 a 12 semanas, antecipando múltiplos recursos judiciais.

Vários grupos e organizações humanitárias têm criticado esta legislação por considerarem que viola o direito internacional.

Entretanto, o Comissário para os Direitos Humanos do Conselho da Europa já apelou ao Governo britânico para que anule o plano de deportação de imigrantes para o Ruanda.

"O governo britânico deve abster-se de deportar pessoas ao abrigo do plano Ruanda e reverter o ataque à independência do poder judicial que este projeto de lei constitui", afirmou o Comissário do Conselho da Europa para os Direitos Humanos, Michael O'Flaherty, em comunicado.

Londres é membro do Conselho da Europa, organismo com sede em Estrasburgo e composto por 46 membros.

Também a ONU já apelou ao Governo britânico para "reconsiderar o plano" de deportação de migrantes para o Ruanda.

Leia Também: Ruanda. ONU (também) pede a Londres para não deportar migrantes

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