Taiwan diz que ajuda dos EUA ajudará a combater o autoritariasmo

O presidente eleito de Taiwan, Lai Xing-te, disse hoje que o pacote de ajuda para o seu território aprovado pelo Congresso dos EUA no fim de semana "fortalecerá a discussão contra o autoritarismo no Pacífico Ocidental".

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Lusa
23/04/2024 13:32 ‧ 23/04/2024 por Lusa

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Taiwan

Para o recentemente eleito líder de Taiwan, o pacote de ajuda -- no valor de oito mil milhões de dólares (cerca de 7,5 mil milhões de euros) - também "ajudará a garantir a paz e a estabilidade em todo o Estreito de Taiwan e também a aumentar a confiança na região".

O atualmente vice-presidente de Taiwan fez esta referência perante dois congressistas norte-americanos de visita à ilha, Lisa McClain, uma republicana, e o democrata Dan Kildee.

Também conhecido como William Lai, antigo investigador médico formado nos EUA, o novo líder de Taiwan é muito criticado por Pequim pela sua oposição à unificação política com o continente.

Nas recentes eleições, os nacionalistas pró-unificação obtiveram uma estreita maioria na Parlamento, mas a sua influência na política externa e em outras questões internas permanece limitada.

O pacote de ajuda dos EUA -- que deverá ser votado e aprovado no Senado na terça-feira - abrange uma ampla gama de serviços destinados à manutenção e atualização do equipamento militar de Taiwan.

Separadamente, Taiwan assinou contratos de milhares de milhões de dólares com os EUA para caças F-16V de última geração, tanques de batalha M1 Abrams e para o sistema de foguetes HIMARS, que os EUA também forneceram à Ucrânia.

Taiwan também tem expandido a sua própria indústria de defesa, construindo submarinos e aviões de treino.

Lai, do Partido Progressista Democrático, que é pró-independência, venceu com larga vantagem as eleições de janeiro e substitui no próximo mês o presidente Tsai Ing-wen, que Pequim tem procurado isolar nos últimos oito anos.

A China está determinada a anexar a ilha - que considera seu território - pela força, se necessário, e tem divulgado essa ameaça com incursões diárias, nas águas e no espaço aéreo ao redor de Taiwan, por navios da marinha e aviões de guerra.

Embora Washington e Taipei não tenham laços diplomáticos formais, em deferência a Pequim, a congressista McClain sublinhou a necessidade de o mundo inteiro perceber a relevância do relacionamento entre as duas partes.

"A paz é o nosso objetivo. Mas para isso temos de ter um relacionamento efetivo, que valorizamos. Não apenas militarmente, mas economicamente", explicou a congressista de visita oficial a Taipé.

Leia Também: Senado dos EUA vota hoje pacote de ajuda à Ucrânia, Israel e Taiwan

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