Uma fonte palestiniana confirmou à agência noticiosa espanhola EFE que o campo foi montado a oeste de Khan Yunis, "perto de um cemitério", enquanto um segundo complexo, semelhante, está a ser construído nas proximidades.
O exército israelita não respondeu nem indicou o objetivo destes campos, que a EFE também não conseguiu confirmar junto de fontes oficiais de Israel.
Segundo a fonte palestiniana, o campo destina-se a acolher os deslocados que se amontoam no Hospital Europeu desta cidade do sul, que foi devastado pelos ataques israelitas durante uma ofensiva que durou mais de quatro meses e devastou bairros e instalações médicas.
Mas os habitantes de Gaza acreditam que se forem montadas mais tendas depois de a população deslocada ser transferida, isso poderá constituir um preparativo para uma evacuação forçada de Rafah, onde mais de um milhão de pessoas estão abrigadas e, segundo Israel, permanecem quatro batalhões do Hamas.
Após seis meses e meio de guerra, a Faixa de Gaza, com uma população de cerca de 2,3 milhões de pessoas espalhadas por apenas 365 quilómetros quadrados, sofreu uma destruição sem precedentes.
O último reduto onde as tropas israelitas não entraram por terra é Rafah, que, no entanto, sofre diariamente bombardeamentos letais também contra casas de civis.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, insiste há dois meses em invadir Rafah, apesar da rejeição da comunidade internacional, alegando que se não o fizer não conseguirá a "vitória absoluta" sobre o Hamas e que Gaza não deixará de constituir uma "ameaça" para Israel.
Segundo o jornal local Times of Israel, a 08 deste mês o Ministério da Defesa israelita lançou um concurso para o fornecimento de 40.000 tendas, com capacidade para cerca de 500.000 pessoas.
No mesmo dia, Netanyahu anunciou que tinha "uma data" planeada para a invasão terrestre, que ainda não revelou e da qual os Estados Unidos disseram não ter conhecimento.
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