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População relata combate entre Força Local e terroristas em Macomia

O grupo paramilitar "Força Local" envolveu-se segunda-feira num combate contra grupos terroristas na sede do posto administrativo de Chai, distrito de Macomia, na província moçambicana de Cabo Delgado, disseram hoje à Lusa fontes locais.

População relata combate entre Força Local e terroristas em Macomia
Notícias ao Minuto

16:17 - 23/04/24 por Lusa

Mundo Moçambique

Segundo a população, os tiroteios entre as partes duraram cerca de dez horas, tendo começado pelas 05h00 (04h00 em Lisboa).

"A Força Local, travou sim um forte combate em Chai, lutou muito contra os terroristas, a situação condicionou o trânsito" disse uma fonte a partir de Macomia.

Na há informações sobre mortes entre as partes, mas as mesmas fontes disseram à Lusa que o trânsito local esteve condicionado, tendo algumas viaturas ligeiras e pesadas, que saíram dos distritos do Norte, como Mueda, Muidumbe, Mocímboa da Praia, Nanagade e Palma, recuado para aguardar a reposição das condições de segurança na estrada Nacional 380 (N380), ou recorrendo a vias alternativas.

"O meu irmão e mais outras pessoas saíram de Mueda, apanharam boleia de carro para virem cá, mas quando chegaram na aldeia Litamanda aperceberam-se que a situação não estava boa no posto administrativo de Chai, daí recuaram para Mueda", relatou outra fonte.

Considerado o local histórico onde a luta armada de libertação de Moçambique começou, o posto administrativo de Chai pertence ao distrito central de Macomia, na província de Cabo legado, situado ao longo da N380, uma das poucas asfaltadas da região.

A província de Cabo Delgado enfrenta desde outubro de 2017 uma insurgência armada com ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

Depois de vários meses de relativa normalidade nos distritos afetados a província de Cabo Delgado registou, há alguns meses, novas movimentações e ataques de grupos rebeldes, que têm limitado a circulação para alguns pontos nas poucas estradas asfaltadas que dão acesso a vários distritos.

A insurgência levou a uma resposta militar desde julho de 2021, com apoio do Ruanda, com mais de 2.000 militares, e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, libertando distritos junto aos projetos de gás natural.

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