Taiwan compromete-se a remover estátuas de Chiang

O governo de Taiwan comprometeu-se hoje a remover quase 800 estátuas na ilha do ditador Chiang Kai Shek, que governou durante décadas sob lei marcial, apesar das críticas do partido Kuomintang, nacionalista e pró-Pequim.

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Lusa
23/04/2024 18:18 ‧ 23/04/2024 por Lusa

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Taiwan

Integrada na comissão criada em 2018 de justiça transicional que investiga o legado de Chiang, a medida foi apresentada apesar de os críticos a avaliarem como tentativa de "eliminar" os laços de Taiwan com a China continental, num contexto de tensões crescentes na região.

As recomendações da comissão incluem a remoção de centenas de estátuas de locais públicos (parques, edifícios e ruas), esperando-se que o governo remova um total de 760 representações de Chiang, que governou até à sua morte em 1975, que permanecem no território.

A controvérsia sobre estes monumentos é um obstáculo nas relações entre o Kuomintang e o Partido Democrático Progressista, pró-independência, do qual fazem parte a Presidente cessante Tsai Ing Wen e o Presidente eleito Lai Ching Te, segundo a agência noticiosa AsiaNews.

Chiang liderou o exército nacionalista durante a guerra civil chinesa contra os comunistas e fugiu para Taiwan após a sua derrota, onde se manteve no poder durante três décadas. Taiwan é governada de forma autónoma desde então.

Pequim reivindica a soberania sobre a ilha, que considera uma província da República Popular da China, e não exclui o recurso à força para a reunificação.

Leia Também: Taiwan diz que ajuda dos EUA ajudará a combater o autoritariasmo

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