"O número de corpos encontrados até agora é de 10 e temos outras pessoas desaparecidas", disse Fred Abuga, comandante da polícia de Starehe, no centro da cidade.
Um total de "60.000 pessoas, principalmente mulheres e crianças, foram gravemente afetadas pelas inundações súbitas e devastadoras que atingiram a cidade", afirmaram as autoridades do condado num comunicado, indicando que Nairobi estava "à beira de uma crise humanitária".
A subida das águas afetou bairros de lata, como Mathare, e alguns bairros de luxo, como Runda, onde se situa a sede regional das Nações Unidas.
Em Nairobi, as chuvas torrenciais que caíram durante a noite fizeram transbordar os rios Athi, Ngong e Mau Mau.
No bairro de Mathare, uma das zonas mais duramente atingidas, alguns habitantes estavam com água até à cintura, segundo imagens difundidas pela Cruz Vermelha queniana.
Outras imagens publicadas nas redes sociais mostram pessoas refugiadas nos telhados de lata das suas casas improvisadas.
"Temos mais de 10 pessoas que não foram encontradas, pensamos que se afogaram ontem [terça-feira] à noite", disse Thomas Adika, um residente que hoje participou nas buscas.
De acordo com os residentes locais, as pessoas desapareceram quando o rio nas proximidades arrastou as casas situadas na margem.
Várias importantes artérias de tráfego foram inundadas e a circulação de comboios pendulares foi suspensa.
O Quénia tem sido atingido nas últimas semanas por fortes chuvas na África Oriental, onde a estação das chuvas é intensificada pelo fenómeno meteorológico El Niño.
Até 18 de abril, a agência humanitária da ONU (Ocha) informou que pelo menos 32 pessoas tinham morrido e mais de 40.000 tinham sido deslocadas no país desde o início da estação das chuvas em março.
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