"Obrigado Potus [acrónimo inglês para Presidente dos Estados Unidos] pelo trabalho incansável nos últimos meses neste pacote de ajuda", escreveu Michel na rede social X.
O líder europeu salientou que a União Europeia (UE) e os Estados Unidos se "mantêm unidos no compromisso de apoiar uma Ucrânia livre e independente, integrada na comunidade euro-atlântica".
Biden assinou hoje uma medida de ajuda militar que inclui assistência à Ucrânia, Israel e Taiwan, assegurando que um pacote de material de guerra seguirá para Kyiv "nas próximas horas".
O anúncio da Casa Branca (presidência norte-americana) marca o fim de um longo impasse político, com os republicanos no Congresso a bloquearem a assistência militar à Ucrânia por divergências de posições com os democratas.
"Estivemos à altura do momento. Estivemos unidos. E conseguimos. Agora precisamos de agir rapidamente", disse Biden, ao anunciar na Casa Branca a assinatura da medida de ajuda externa.
O pacote global está avaliado em 95 mil milhões de dólares (cerca de 90 mil milhões de euros) e integra, a par da ajuda à Ucrânia, apoio a Israel na guerra contra o grupo islamita palestiniano Hamas e na defesa de Taiwan, cuja soberania é reivindicada por Pequim.
A maior fatia do pacote global, 61 mil milhões de dólares (cerca de 57 mil milhões de euros), é destinada à assistência militar e financeira à Ucrânia para combater a invasão russa.
O pacote inclui o envio de munições, incluindo munições de defesa aérea e grandes quantidades de munições de artilharia, desejadas pelas forças ucranianas, bem como veículos blindados e outras armas.
Também hoje, a UE desembolsou a segunda parcela, de 1,5 mil milhões de euros, no Âmbito do Mecanismo para a Ucrânia.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
Os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas têm-se confrontado com falta de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais.
Leia Também: Novo presidente do Senegal quer repensar e renovar as relações com a UE