O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Pequim, Wang Wenbin, criticou os comentários de Stoltenberg como sendo "destinados apenas a desviar as culpas e a inflamar as tensões contra" a República Popular da China.
"São acusações infundadas", acrescentou Wang, antes de garantir que o país "não é nem o criador nem uma parte desta crise", referindo-se à guerra na Ucrânia.
Em declarações divulgadas pelo jornal estatal chinês Global Times, o porta-voz frisou que a República Popular da China "não fornece material de armamento às partes em conflito e controla rigorosamente qualquer exportação" dos chamados "artigos de dupla utilização, como veículos aéreos não tripulados" que podem ser utilizados tanto para fins civis como militares.
Stoltenberg afirmou que a China está a "alavancar a economia de guerra da Rússia, partilhando tecnologia de alto nível com a Rússia e fornecendo-lhe recursos de alto nível do sistema de satélites, bem como imagens captadas por satélite".
"Tudo isto ajuda Moscovo a infligir mais morte e destruição na Ucrânia", disse Stoltenberg durante uma visita à Alemanha.
"A China é um país que diz querer ter boas relações com o Ocidente e, ao mesmo tempo, continua a alimentar o maior conflito visto na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, e não pode fazer as duas coisas ao mesmo tempo", acrescentou Stoltenberg no discurso perante o Fórum da Parceria Germano-Americana Atlantik-Brucke.
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