Há vários anos que o norte do Benim é alvo de ataques e incursões de terroristas da região do Sahel.
"Estamos a mobilizar 47 milhões de euros só este ano", declarou Louis Michel à imprensa após uma reunião com o chefe de Estado do Benim, Patrice Talon.
Este montante será utilizado, nomeadamente, "para a aquisição de drones e de aviões de recolha de informações", bem como para "materiais e equipamentos de segurança e de luta contra o terrorismo", acrescentou.
No dia anterior, esteve em Abidjan, na Costa do Marfim, onde também afirmou o empenhamento da União Europeia na luta contra o terrorismo.
Nos últimos anos, as regiões setentrionais do Benim, do Togo e do Gana têm sido alvo de ataques e incursões de combatentes do grupo Estado Islâmico e da Al-Qaida, que florescem no Sahel e procuram alastrar-se para sul.
A região da fronteira norte com o Burkina Faso continua a ser o epicentro dos ataques no Benim. A fronteira com o Níger também se tornou recentemente uma fonte de preocupação, especialmente desde o derrube do Presidente nigerino, Mohamed Bazoum, pelos militares em julho de 2023.
Em resposta às ameaças, o Benim lançou a Operação Mirador em janeiro de 2022, um destacamento de cerca de 3.000 soldados para proteger as fronteiras do país. Há alguns meses, começou a recrutar mais 5.000 soldados para reforçar a segurança no norte do país.
As autoridades do Benim, que raramente comunicam sobre estes ataques, informaram em abril de 2023 que se tinham registado cerca de 20 incursões transfronteiriças desde 2021.
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