A província de Nampula, no norte do país, registou o maior número de óbitos, com um total de 30, aponta o Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) de Moçambique, numa avaliação de outubro de 2023 a 22 de abril último.
Segundo a instituição, dos 148 mortos contabilizados neste período, 61 foram causados por raios, 32 por afogamento, 20 por desabamento de paredes e três por ataques de animais, entre outros.
Pelo menos 7.417 casas ficaram total e parcialmente destruídas e outras 26.207 inundadas devido às intempéries, havendo também 89 unidades de saúde e 42 casas de culto afetadas.
O mau tempo destruiu também 1.046 salas de aula, afetando 500 escolas, 114.931 alunos e 2.542 professores.
As autoridades apontam ainda para 688.790 hectares de culturas e 225 postes de energia afetados, além de 652 embarcações destruídas.
A época chuvosa 2023/2024, que está a terminar, foi marcada pela passagem da tempestade tropical severa "Filipo" e por chuvas intensas no sul do país, que causaram inundações urbanas nas cidades de Maputo, Matola e Xai-Xai e também nas vilas de Boane e Marracuene.
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas globais, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.
Leia Também: "Não há motivos" para greve de profissionais de saúde em Moçambique