Exército israelita vai substituir defesa anti-aérea de mísseis Patriot

O Exército israelita anunciou hoje que vai deixar de utilizar os sistemas de defesa antiaéreos Patriot e substituí-los por "tecnologia ainda mais avançada".

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Lusa
30/04/2024 12:24 ‧ 30/04/2024 por Lusa

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Médio Oriente

De acordo com os militares, trata-se de um processo que se vai desenrolar durante dois meses, em plena ofensiva lançada contra a Faixa de Gaza, após os atentados de 07 de outubro do ano passado pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).

Num artigo publicado hoje no portal oficial dos Forças Armadas, o sistema de defesa Patriot, de fabrico norte-americano, foi instalado em 1991, em plena guerra do Golfo (contra o Iraque), recordando que já foram substituídos anteriormente os sistemas Hook, fornecidos por Washington em 1962.

"O sistema Patriot, conhecido como Yahlom, em hebraico, funciona contra aviões e mísseis balísticos. A missão é intercetar aviões hostis", refere o mesmo texto.

"O sistema tem funcionado de forma eficaz e vai continuar até ao último momento", sublinha o Exército notando que neste momento "é um sistema antigo e de difícil manutenção".

"Por isso, estamos a reduzir as baterias (Patriot) até que todo o sistema seja desligado", refere o documento.

Para as autoridades militares israelitas é necessário "avançar e melhorar os métodos de defesa" argumentando igualmente que "as inovações vão aportar uma melhor resposta operacional e uma melhor manutenção".

A Força Aérea israelita indicou no passado mês de fevereiro que tinha iniciado um processo de encerramento de várias baterias Patriot e que os militares iriam receber formação para operar o sistema Iron Dome.

Mesmo assim, o primeiro-ministro de Israel ou qualquer ministro da coligação no poder ainda não se pronunciou sobre o futuro dos sistemas de defesa aérea.

O anúncio do Exército, através da internet, surge semanas depois de as defesas israelitas e vários dos aliados - Estados Unidos, França e Reino Unido - terem abatido centenas de mísseis e drones lançados pelo Irão em resposta ao bombardeamento, a 01 de abril, do consulado iraniano na capital da Síria e que matou sete membros dos Guardas da Revolução e seis cidadãos sírios.

O Irão defendeu os ataques contra Israel perante as críticas internacionais, argumentando que fazem parte de uma resposta legítima e frisando que Teerão tem o direito à "autodefesa" na sequência do bombardeamento, ao mesmo tempo que reiterou a possibilidade de uma resposta ainda mais dura caso Israel levasse a cabo um novo ataque.

Do ponto de vista internacional registaram-se manifestações de preocupação crescente com o aumento das tensões e a possibilidade de uma escalada do conflito através de uma confrontação direta entre os dois países.

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