Na mais recente escalada de manifestações contra a guerra de Israel contra o grupo islamita Hamas em Gaza, que se espalhou por várias universidades dos EUA, manifestantes na Universidade de Columbia fizeram uma barreira em frente a um dos edifícios e carregaram móveis e outros objetos para criar uma barricada.
A estação de rádio estudantil, WKCR-FM, fez o relato da tomada do edifício, que ocorreu quase 12 horas depois do fim do prazo para os manifestantes deixarem um acampamento de cerca de 120 barracas, sob ameaça de serem suspensos.
Numa mensagem na rede social X, os manifestantes disseram que tencionam permanecer no edifício até que a universidade ceda às três exigências colocadas pelos grupos que estão por detrás desta iniciativa: desinvestimento, transparência financeira e amnistia.
Várias universidades em diferentes cidades dos EUA estão a debater-se sobre como desalojar estudantes que acampam como forma de protesto, à medida que se aproximam as cerimónias de formatura, com algumas negociações a decorrer e com outras instituições a recorrer à força policial e a ultimatos que resultaram em confrontos com agentes de segurança.
Dezenas de pessoas foram detidas na segunda-feira durante protestos em universidades do Texas, Utah, Virgínia e Nova Jersey, enquanto a Universidade de Columbia anunciou que tinha começado a suspender estudantes, depois de ter chamado a polícia para desalojar estudantes acampados na praça central do seu 'campus'.
Também a polícia de Yale e de New Haven cercou o acampamento na praça central da universidade, explicando que qualquer pessoa dentro da área bloqueada estaria sujeita a detenção e suspensão se não saísse.
Também hoje, a polícia entrou num acampamento na Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill e na Universidade de Connecticut, agentes ordenaram aos manifestantes que removessem as tendas.
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