A lei foi aprovado em segunda leitura com 83 votos a favor e 23 contra. O partido no poder na Geórgia pretende adotar definitivamente esta lei, que está na origem de três semanas de protestos as ruas que a polícia tem reprimido com violência.
Pelo menos 63 pessoas foram detidas na noite passada em Tbilissi, a capital da Geórgia, em mais uma jornada de protestos contra a chamada "lei dos agentes estrangeiros", que durou quase seis horas e em que ficaram feridos seis polícias.
"Os participantes no protesto atiraram vários objetos pesados, incluindo garrafas e pedras, contra os agentes", disse o ministro do Interior da Geórgia, Alexandr Darajvelidze, em conferência de imprensa.
The situation outside the Georgian parliament after the adoption of the law "on foreign influence" in the second reading. pic.twitter.com/5A1sIHmeQi
— NEXTA (@nexta_tv) May 1, 2024
De acordo com o governante, as forças de segurança tiveram de utilizar meios especiais para dispersar a manifestação quando esta assumiu um "caráter violento".
Entre os feridos durante o protesto encontra-se também um dos líderes da oposição georgiana, Leván Jabeishveli.
Os manifestantes tentaram, na terça-feira, bloquear o edifício do parlamento, fortemente vigiado pela polícia de choque, que utilizou gás lacrimogéneo para dispersar os opositores.
Os manifestantes gritavam "Não à lei russa!" e "Geórgia!" enquanto atiravam ovos à polícia.
A repressão das manifestações foi criticada hoje pelo chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, que condenou "veementemente a violência" das forças de segurança contra manifestantes, considerando "inaceitável" o recurso à força para conter protestos pacíficos.
Os protestos na Geórgia contra a "lei de transparência da influência estrangeira", que os deputados aprovaram hoje numa segunda leitura, começaram há mais de duas semanas.
Ao mesmo tempo, os apoiantes do Governo reuniram na segunda-feira dezenas de milhares de pessoas na capital da Geórgia em apoio à política do executivo.
Leia Também: Josep Borrell condena violência contra os manifestantes na Geórgia